Os dados, divulgados hoje pelo Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC), confirmam ainda 247 novas infeções num período de 24 horas, um dos totais diários mais elevados desde o início da pandemia.

O Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC) explica que as “cinco mortes, de dois adultos e três fetos em gestação” ocorreram em Díli, fazendo subir o total de óbitos relacionados com a covid-19 para 30 na capital e para 38 em todo o país.

Segundo o CIGC, uma das vítimas mortais é uma mulher de 37 anos, que estava grávida de 40 semanas e que foi encaminhada para o Hospital Nacional Guido Valadares (HNGV), com problemas no saco amniótico.

A mulher, que estava na segunda gravidez e que não tinha história de abortos, e o feto de 40 semanas acabaram por não sobreviver, com os testes a confirmar que ambos estavam infestados com o novo coronavírus, SARS-CoV-2.

Registou-se ainda o aborto de um feto na 28ª semana de gestação e outro na 33ª semana de gestação.

Os mortos nas últimas 24 horas incluem ainda um homem de 41 anos, com história de anemia crónica e um tipo de leucemia, que foi diagnosticado com síndrome de insuficiência respiratória aguda em Ermera no dia 09 de agosto e confirmado positivo para o SARS-CoV-2.

Foi transferido para o centro de isolamento de Vera Cruz, onde faleceu hoje.

Os dados mostram que o número de pessoas no centro de isolamento de Vera Cruz também continua a aumentar, para 48, das quais 14 em estado grave (um com ventilador e 13 com oxigénio), e nove em estado moderado.

Nas últimas 24 horas registaram-se em Díli um total de 192 infeções, mais 24 em Ermera, 12 cada em Bobonaro e no enclave de Oecusse, seis em Baucau e um em Manatuto.

Com o registo de 37 casos recuperados, o total de casos ativos aumento para 2.348 e o total acumulado desde o início da pandemia subiu para 12929.

O CIGC nota que 38,9% dos casos detetados registavam sintomas de covid-19.

Díli consolidou-se como o foco principal do que as autoridades consideram ser a segunda vaga da pandemia no país, com 1.050 casos ativos, seguindo-se Ermera com 719, Covalima com 176 e a Região Administrativa Especial de Oecusse-Ambeno (RAEOA) com 110.

Atualmente há casos ativos em praticamente todos os municípios do país, à exceção de Lautem, na ponta leste.

O aumento de casos tem feito aumentar significativamente a incidência, que é agora a nível nacional de 13,1 casos por 100 mil habitantes, com a região de Díli a registar o valor mais elevado, nos 29,5 casos por 100 mil habitantes.

Nas últimas 24 horas as autoridades realizaram 1.215 testes.

“O Laboratório Nacional de Saúde já envio mais amostras de testes positivos de Díli e de Covalima para a Austrália para que se faça a sequenciação genómica”, refere o CIGC.

“Tem havido um aumento significativo de casos, de pessoas infetadas com sintomas e de casos de hospitalização o que indica a possibilidade de que a variante Delta já está a circular nas zonas onde a incidência aumentou significativamente. Díli, Covalima, RAEOA, Bobonaro, Aileu, Baucau e Liquiçá”, refere.

No que se refere à vacinação, os dados do Ministério da Saúde indicam que até ao momento já receberam a primeira dose um total de 343.859 pessoas, ou 46,6% da população com mais de 18 anos, sendo que com a vacinação completa há atualmente 135.540 pessoas (17,8% da população com mais de 18 anos.

Em Díli, a primeira dose chegou a 259.812 pessoas e a vacinação completa atinge 107.636 pessoas ou 50,3% da população com mais de 18 anos, com 71,2% da população a ter a primeira dose.

Em Covalima e Viqueque, também já mais de metade da população recebeu a primeira dose.

Ermera, segunda região do país com mais casos ativos depois de Díli, continua com a vacinação mais baixa do país, com apenas 16,1% com a primeira dose e 2,9% com a vacinação completa.