A aplicação ‘Próximo’ tem ainda a possibilidade de ser programada para fazer “reservas” de serviços e espaços associados, nomeadamente, estacionamento, lugar na praia e no restaurante, notificando os seus utilizadores da evolução da lotação do espaço ou local em causa.
“A nossa ideia é fazer um ‘check-in' na praia. Utilizando uma ‘app mobile’, o cidadão pode selecionar a praia a que quer ir e marcar o seu lugar. Se um determinado espaço tiver bem definida a sua lotação, podemos atribuir esses lugares às pessoas e determinar quando é que ele está cheio ou disponível”, indicou o ‘managing partner’ da Proside, em declarações à Lusa.
Conforme explicou Paulo Alves, para isso, esta aplicação, que já é utilizada, por exemplo, em tribunais e serviços de saúde, precisa apenas de ter um ponto de controlo, no qual os utilizadores possam apresentar um ‘QR Code’, disponibilizar alguns dados e assim permitir o controlo da lotação do espaço.
Na prática, “é como ir a um concerto e apresentar um bilhete que tem que ser picado por alguém”, explicou, ressalvando que, na saída, é igualmente importante registar-se essa avaliação para que os utilizadores em fila de espera, num determinado raio, possam ser notificados sobre os lugares que ficam vagos.
Este responsável notou ainda que o sistema, que já conta com 16 anos, pode fornecer todas as informações recolhidas às autoridades competentes e, ir mais longe, ao gerir estacionamentos, toldos, espreguiçadeiras e o acesso aos restaurantes.
Paulo Alves vincou ainda que os dados registados na base do serviço são “normalizados”, ou seja, a empresa avalia números “que andam para trás ou para a frente”.
Apesar de admitir que a tecnológica já recebeu alguns contactos informais sobre a aplicabilidade da ‘Próximo’ às praias, o ‘managing partner’ da Proside disse que ainda não foram contactados pelas entidades governamentais, sublinhando que estão a acompanhar o desenvolvimento da pandemia de covid-19 e as medidas de desconfinamento.
A ‘Próximo’ foi o primeiro produto da Proside e surgiu do desafio de “um hospital que queria uma solução de gestão de atendimento”.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 315.000 mortos e infetou mais de 4,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,7 milhões de doentes foram considerados curados.
Portugal contabiliza 1.231 mortos associados à covid-19 em 29.209 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
Relativamente ao dia anterior, há mais 13 mortos (+1,1%) e mais 173 casos de infeção (+0,6%).
Das pessoas infetadas, 628 estão hospitalizadas, das quais 105 em unidades de cuidados intensivos, e o número de casos recuperados é de 6.430.
Portugal entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.
Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.
O Governo aprovou na sexta-feira novas medidas que entram hoje em vigor, entre as quais a retoma das visitas aos utentes dos lares de idosos, a reabertura das creches, aulas presenciais para os 11.º e 12.º anos e a reabertura de algumas lojas de rua, cafés, restaurantes, museus, monumentos e palácios.
O regresso das cerimónias religiosas comunitárias está previsto para 30 de maio e a abertura das praias para 06 de junho.
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