De acordo com os dados da plataforma europeia de vigilância de reações adversas, até terça-feira tinham sido notificadas 163.582 suspeitas de efeitos secundários da vacina da AstraZeneca (Vaxzevria), 106.375 da Pfizer, 14.235 da Moderna e 202 da Janssen.

Em Portugal, a maioria dos casos de suspeitas de efeitos secundários reportados tem que ver com a vacina da Pfizer, com 3.220 situações. Foram registados 730 suspeitas de reações adversas com a vacina da AstraZeneca e 241 com a da Moderna.

A suspeitas de reações adversas são manifestações clínicas que podem ou não estar relacionadas com a vacina, mas que surgiram após a administração.

Segundo a plataforma europeia de vigilância de reações adversas, os dados atualizados até terça-feira indicam que a maior parte das reações registadas estão classificadas como “gerais e relativas ao local de administração”, seguindo-se reações ao nível do sistema nervoso, do musculoesquelético e do gastrointestinal.

Na quarta-feira, o executivo comunitário divulgou que a União Europeia (UE) atingiu as 100 milhões de doses de vacinas administradas contra a COVID-19 pelos países europeus, num total de mais de 126 milhões de doses recebidas.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

O anunciou foi feito um dia depois de as autoridades de saúde dos Estados Unidos terem recomendado “uma pausa” na administração da vacina da Janssen (detida pela Johnson & Johnson), para permitir investigar relatos de coágulos sanguíneos potencialmente associados à administração do fármaco.

Depois disso, a própria farmacêutica Johnson & Johnson tomou a decisão de atrasar a distribuição da sua vacina na Europa.

Apesar disso, Portugal recebeu na quarta-feira as primeiras 31.200 doses da vacina da Janssen contra a COVID-19, que ficarão armazenadas até haver uma decisão do regulador europeu sobre a sua utilização.

A vacina da AstraZeneca foi a primeira a ver-se envolvida em polémica por causa das suspeitas de efeitos secundários relacionados com a formação de coágulos, tendo mesmo sido suspensa numa série de países, como Portugal, e depois retomada.

Contudo, em relação à vacina da AstraZeneca, a Direção-Geral da Saúde (DGS) passou a recomendar a administração apenas a pessoas acima dos 60 anos. Para as pessoas abaixo dessa idade que já tomaram a primeira dose, a Comissão Técnica de Vacinação contra a COVID-19 já admitiu que a segunda dose por ser de qualquer outra marca.

Como está a vacinação em Portugal?

Os últimos números da Direção-Geral da Saúde indicam que em Portugal mais de 1,5 milhões de pessoas já receberam a primeira dose da vacina contra a COVID-19 e cerca de 630 mil têm a vacinação completa, o que equivale a 6% da população.

Para o novo impulso na fase 2 da vacinação, Portugal prevê receber neste segundo trimestre perto de nove milhões de vacinas, distribuídas por 4.137.503 doses da Pfizer, 794.968 doses da Moderna, 1.600.000 doses da AstraZeneca, 1.248.828 doses da Janssen, 733.333 doses CureVac e 349.662 doses da Novavax.

Portugal registou hoje mais duas mortes relacionadas com a COVID-19 e 501 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), verificando-se uma nova diminuição no número de internados.

Segundo o boletim divulgado hoje pela DGS, estão internados 423 em enfermaria, menos 24 do que na quarta-feira, e 109 nos cuidados intensivos, menos sete. Hoje é o terceiro dia do ano com menos mortes. A 30 de março e a 12 de abril, Portugal registou também duas mortes relacionadas com a COVID-19.

Desde março de 2020, Portugal já registou 16.933 mortes associadas à COVID-19 e 829.358 casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2, que provoca a doença.

A pandemia provocou, pelo menos, 2.974.651 mortos no mundo, resultantes de mais de 138,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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