O surto foi confirmado à agência Lusa por fonte oficial da PGR, que referiu que o DIAP de Coimbra "mantém-se em funcionamento para assegurar os processos/casos e demais serviço urgente".
Face ao elevado número de profissionais que tiveram que ficar em isolamento ou foram dados como positivos, "houve necessidade de recorrer ao destacamento de funcionários de outras unidades da Comarca", referiu.
"A situação tem sido acompanhada de perto pelas autoridades de saúde, tendo já sido efetuada a desinfeção das instalações", acrescentou a mesma fonte da PGR.
Segundo a secretária-executiva regional de Coimbra do Sindicato dos Funcionários Judiciais, Helena Oliveira, a maioria dos oficiais de justiça daquele DIAP estão em isolamento, seja por serem casos positivos ou por terem tido um contacto próximo com um caso.
"Todos os funcionários, à exceção de um colega, [antes do surto] estavam em serviço presencial. Não foram adotadas medidas de escalas em espelho ou teletrabalho", afirmou à Lusa a dirigente sindical, realçando que era importante ter havido essa prevenção.
Helena Oliveira salientou ainda que o edifício onde o DIAP de Coimbra funciona tem poucas condições de trabalho, com pouco espaço, o que também influencia o resultado deste surto.
"O DIAP funciona num edifício de escritórios normais, a ventilação não é ideal e não permite um único magistrado por gabinete", criticou o presidente da secção distrital de Coimbra do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP), Paulo Lona, confirmando que também a maioria dos magistrados do DIAP de Coimbra estão em isolamento devido ao surto.
Para Paulo Lona, aquilo que está a acontecer no DIAP de Coimbra poderá registar-se noutros locais, devido à falta de condições de trabalho.
"Esta situação começa já a ser muito preocupante. Os magistrados têm muitos contactos com o público, para além de contacto entre si. A partir do momento em que os contágios aumentam, isto vai potenciar surtos nos tribunais", alertou o presidente do SMMP, António Ventinhas.
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