Na atualização divulgada hoje da informação relativa ao surto identificado no lar, a ULSBA refere que há a registar mais um internamento, elevando de sete para oito o número total de utentes internadas no hospital.

Das utentes internadas, que têm idades entre os 63 e 96 anos, sete estão em enfermarias da área dedicada à covid-19 e situada no piso 3 e uma está na Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente do hospital de Beja, disse hoje à Lusa fonte da ULSBA.

O surto de covid-19 no lar Mansão de São José foi confirmado na passada quarta-feira, depois de utentes e funcionários terem sido testados à presença do novo coronavírus que provoca a doença covid-19 e na sequência da confirmação de dois casos positivos, de uma utente e de uma funcionária.

O primeiro caso de covid-19 detetado no lar Mansão de São José foi o de uma utente de 89 anos, que deu entrada no dia 12 deste mês no Serviço de Urgência do hospital de Beja, onde fez um teste de despiste à covid-19, que deu positivo, e foi internada.

Após ter sido detetado o primeiro caso, foram feitos testes de despiste aos restantes utentes e funcionários do lar, o que permitiu detetar mais 106 infeções.

Do total de 107 infetados no surto no lar, que apenas acolhe utentes do sexo feminino, 87 são utentes e os restantes 20 funcionários.

No sábado, na sequência de uma decisão da autoridade de saúde, foram transferidas para a Base Aérea N.º 11, perto da cidade, 53 utentes, com o objetivo de "descongestionar o espaço" do lar, que, "aparentemente", tinha "pessoas em excesso", disse à agência Lusa o presidente da Câmara de Beja, Paulo Arsénio.

"Das 53 pessoas que foram transferidas para a base aérea incluímos duas que efetuaram o teste e resultaram negativo", referiu o autarca.

Paulo Arsénio precisou que as utentes foram instaladas num edifício da BA11 que tinha vindo a ser preparado desde abril "precisamente para uma finalidade com estas características".

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 40 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo o mais recente balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 2.198 pessoas dos 101.860 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.