De acordo com a porta-voz do Ministério da Saúde, Isabel do Santos, quatro pessoas estão internadas no hospital de campanha, outras 30 estão em isolamento domiciliar, enquanto 912 estão dados como tendo sido recuperados da doença.

Entretanto, o Governo decretou hoje o estado de calamidade em todo o país, que se prolonga até ao dia 30 de novembro.

Com o anúncio da reentrada em vigor do estado de calamidade, o executivo anunciou igualmente um conjunto de 15 medidas sanitárias, no âmbito da “nova etapa de prevenção e combate à pandemia de covid-19″.

As medidas, todas de caráter obrigatório, incluem o confinamento domiciliar obrigatório para pessoas com resultados de testes do positivos e dos respetivos contactos diretos, como forma de diminuir o risco de contágio.

A decisão governamental impõe também o uso correto da máscara por todos os cidadãos, a partir dos 10 anos de idade, em todos os lugares públicos e privados fechados, nos recintos escolares e nas viaturas, bem como o distanciamento físico entre os cidadãos.

O Governo desaconselha os funerais e velórios com mais de 25 pessoas e os funerais das vítimas de covid-19 “respeitam um protocolo próprio”.

As missas e os cultos passam a ser realizados em dias alternados, com ocupação de 50% da capacidade de lotação das igrejas ou templos, bem como a realização de palestras e reuniões, em espaço fechados, respeitando as regras gerais sanitárias.

O desporto de lazer está permitido, excetuando as modalidades coletivas, “pelo alto risco de contágio que elas comportam”, abrindo, contudo o governo uma “autorização especial” para a realização dos treinos e do próximo jogo internacional da Seleção Nacional de Futebol 11.

Mas estes treinos serão realizados “à porta fechada, com a obrigatoriedade de testagem prévia de todos os jogadores e ‘staff’ técnico”.

Os restaurantes podem praticar o horário normal de funcionamento definido pelas autoridades competentes, com ocupação de metade da capacidade dos estabelecimentos, enquanto os mercados municipais vão permanecer abertos entre as 05:00 e as 17:00.

O executivo proibiu as visitas aos doentes com covid-19 e mantém encerradas as discotecas e a proibição de festas populares.

As deslocações às praias são permitidas, mas estão proibidas a realização de piqueniques e a venda ambulante nas praias.

De acordo com o comunicado de Conselho de Ministros, “haverá um reforço das equipas de fiscalização e de patrulha das forças de segurança, no sentido de contribuir para o seu melhor cumprimento”.

“Às infrações a essas medidas serão aplicadas as correspondentes coimas e, em caso de reincidência, as autoridades competentes deverão apurar as eventuais práticas de infração administrativa previstas na Lei”, conclui o comunicado.

Em África, há 45.282 mortos confirmados em mais de 1,8 milhões de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

Angola regista 307 óbitos e 12.433 casos, seguindo-se Cabo Verde (100 mortos e 9.369 casos), Moçambique (99 mortos e 13.823 casos), Guiné Equatorial (85 mortos e 5.092 casos), Guiné-Bissau (43 mortos e 2.419 casos) e São Tomé e Príncipe (16 mortos e 962 casos).