"Salamanca vai iniciar um período de limitação da mobilidade e da lotação das áreas comerciais a partir de sexta-feira à noite", disse Veronica Casada, responsável pela Saúde na região de Castela e Leão, numa conferência de imprensa.

A cidade de 144.000 habitantes, famosa pela sua universidade do século XIII, junta-se assim ao grupo de cidades espanholas que sofrem de restrições de mobilidade, incluindo a capital do país, Madrid.

As medidas que vão entrar em vigor proíbem os habitantes da cidade de sair e entrar no concelho, exceto por razões específicas, como ir trabalhar ou para tratamento médico.

Os residentes podem circular com toda a liberdade pela cidade, mas os cafés, bares, restaurantes e lojas passam a ter a sua lotação reduzida.

As reuniões ficam limitadas a um máximo de seis pessoas, tanto em locais públicos como privados, e as visitas aos lares para idosos são suspensas exceto em circunstâncias particulares ou situações de fim de vida.

Veronica Casada explicou que Salamanca ultrapassou, com uma taxa de 504, o limiar estabelecido pelo Ministério da Saúde (500 casos por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias).

Duas outras cidades da região de Castela e Leão já tinham sido afetadas por medidas idênticas na semana passada, Palência e Leão.

Várias regiões espanholas têm aplicado medidas sanitárias para lidar contra a pandemia de covid-19, e entre as mais drásticas está o encerramento de bares e restaurantes na Catalunha durante pelo menos 15 dias, a partir de hoje à noite.

Espanha é um dos países mais afetados a nível mundial pela doença, tendo registado até quarta-feira mais de 900.000 casos positivos e mais de 33.000 mortes.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e noventa e três mil mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 2.128 em Portugal.

Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (43.155 mortos, mais de 654 mil casos), seguindo-se Itália (36.289 mortos, mais de 372 mil casos), Espanha (33.413 mortos, mais de 908 mil casos) e França (33.037 mortos, mais de 779 mil casos).