Apresentando um gráfico com a média do número de mortes semanal noutros países desde o início da pandemia, apontou para o facto de a curva descer muito lentamente após o pico em países como França, Itália ou Espanha.

“Mesmo naqueles países que começaram a curva epidemiológica antes e que ainda estão à frente, a descida depois do ponto de viragem é relativamente lenta e devemos antecipar a mesma situação no Reino Unido, não devemos esperar um queda súbita”, alertou.

Whitty falava na conferência de imprensa diária do Governo sobre a crise, horas depois de o ministro da Saúde, Matt Hancock, ter dito no parlamento que o Reino Unido está no “pico” da pandemia covid-19 e que ainda é cedo para aliviar as medidas de distanciamento social.

De acordo com os dados apresentados por Whitty, o numero de casos de contágio está “estável, com tendência para descer” e o número de pessoas hospitalizadas indica que a situação está a melhorar em Londres e está estável no resto do país.

“A curva bastante acentuada que se verificou até ao início deste mês achatou na última semana e meia”, afirmou, a propósito do número de mortos.

O ministério da Saúde britânico anunciou hoje que, até às 17:00 de terça-feira, tinham morrido nos hospitais britânicos 18.100 pessoas infetadas com o novo coronavírus, mais 763 óbitos do que no dia anterior.

O número de pessoas contagiadas no Reino Unido já ultrapassa as 133 mil.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 179 mil mortos e infetou mais de 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Mais de 583 mil doentes foram considerados curados.