Na quarta-feira tinham sido registados 17.540 novos casos, um máximo diário, e 77 mortes, tendo nos últimos sete dias a média diária rondado os 15 mil novos casos diários.

O total acumulado desde o início da pandemia de covid-19 no Reino Unido é agora de 575.679 de casos de infeção confirmados e de 42.679 óbitos num período de 28 dias após um teste positivo.

Dados publicados hoje pelo governo indicam que o número de infeções está a aumentar entre 4 a 9% todos os dias, com destaque para o norte e este de Inglaterra, mas o índice de transmissibilidade efetivo (Rt) desceu ligeiramente para entre 1,2 e 1,5%.

O Sage, grupo de assessores científicos do governo, disse, no seu relatório semanal de análise dos dados, que é “quase certo que a epidemia continua a crescer exponencialmente em todo o país”.

No seu estudo à prevalência do vírus, o Instituto de Estatísticas britânico (ONS, na sigla em inglês) estimou que 224.400 pessoas em Inglaterra tiveram covid-19 entre 25 de setembro e 01 de outubro, 0,41% da população, quase o dobro dos níveis da semana anterior.

Os números representam um salto de 116.600 pessoas, ou 0,21% da população, que foram estimados no estudo relativo à semana de 18 para 24 de setembro. 

Este estudo incide em residências privadas e não inclui pessoas que estão em hospitais, lares de idosos ou outras instituições de saúde.

O governo britânico está a avaliar uma série de restrições mais apertadas para introduzir nos próximos dias em pontos críticos com surtos de coronavírus em Inglaterra, nomeadamente nas grandes cidades do norte, como Liverpool, Manchester e Newcastle.

As medidas poderão implicar o encerramento de bares e restaurantes, tal como a Escócia vai fazer durante 16 dias em Glasgow e Edimburgo, para tentar interromper a cadeia de transmissão do vírus.

Antecipando o anúncio, o ministro das Finanças, Rishi Sunak, revelou um novo pacote de medidas para apoiar a economia das regiões mais afetadas por surtos de covid-19 para reduzir o impacto na economia.

O governo vai pagar 67% do valor dos salários até um máximo de 2.100 libras por mês (2.300 euros) se as empresas forem forçadas a fechar devido a restrições locais ou nacionais relacionadas com a pandemia covid-19 nos próximos seis meses.