O chefe de Estado falava por ocasião do 76.º aniversário do Massacre das Fossas Ardeatinas, em que 335 civis italianos foram mortos por nazis nos arredores de Roma, efeméride que este ano não vai ser assinalada devido às medidas de emergência em vigor para travar a propagação do novo coronavírus responsável pela pandemia da covid-19.
“O Massacre das Ardeatinas constituiu uma das páginas mais dolorosas da história recente do nosso país”, afirmou Mattarella numa nota oficial.
Naquele crime, prosseguiu, enfrentaram-se “a vontade de opressão e o racismo” e os “valores fundamentais da memória, da paz e da solidariedade”.
“No final desses anos terríveis, marcados pela ditadura e pela guerra, a unidade do povo italiano permitiu o renascimento moral, civil, económico e social da nossa nação. A mesma unidade que nos é exigida, hoje, em um momento difícil para toda a comunidade", concluiu, evocando “uma grave emergência sanitária”.
O Massacre das Fossas Ardeatinas, ocorrido a 24 de março de 1944, é um dos principais símbolos do horror da ocupação nazi em Itália.
O massacre foi uma represália por um ataque da resistência italiana ao fascismo em que morreram 33 soldados alemães e que levou as autoridades nazis a matar 10 italianos por cada soldado alemão morto.
A Itália é atualmente o país do mundo mais atingido pela crise do novo coronavírus com 6.077 mortos em 63.927 casos de pessoas infetadas. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.
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