“Portugal vai disponibilizar a Timor-Leste um lote de vacinas contra a covid-19, num total de 12.000 doses, acompanhadas do material necessário para viabilizar a sua administração, designadamente seringas e agulhas. A entrega às autoridades timorenses terá lugar amanhã [terça-feira], data da aterragem em Díli do voo comercial que hoje partiu de Lisboa”, referiu o ministério, em comunicado.
Na nota, o MNE explica que “com esta ação conclui-se o primeiro ciclo de envio de vacinas para os PALOP e Timor-Leste, no âmbito do compromisso político de disponibilizar àqueles países”, que são os principais parceiros de cooperação, “pelo menos 5% das vacinas contra a covid-19 adquiridas por Portugal, iniciativa igualmente enquadrada na segunda fase do Plano de Ação na resposta sanitária à pandemia covid-19 entre Portugal e os países africanos lusófonos e Timor-Leste”.
A operacionalização desta ação, aponta-se ainda no texto, “é resultado do esforço conjunto do Ministério dos Negócios Estrangeiros, designadamente através do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua e da Embaixada de Portugal em Díli, e do Ministério da Saúde, através da Direção-Geral da Saúde (DGS), da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) e da Task Force do Plano Nacional de Vacinação contra a covid-19 em Portugal”.
No sábado, o primeiro-ministro português, António Costa, anunciou, em Luanda, que Portugal vai triplicar a oferta de vacinas aos PALOP e Timor-Leste, passando para de um para três milhões de doses, no combate à covid-19.
Na conferência de imprensa final após o encerramento da XIII Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), António Costa recordou que Portugal se tinha comprometido a oferecer 5% do total de vacinas, mas as contas mais recentes permitem disponibilizar quatro vezes mais.
No caso dos PALOP e Timor-Leste, o Governo português vai “triplicar e passar de um milhão para três milhões o número de vacinas a distribuir”, referiu Costa.
“De acordo com aquilo que é o cálculo que nós temos de vacinas que vamos poder disponibilizar” será possível doar “um total de quatro milhões de vacinas”, explicou.
“Por isso, temos mais um milhão que afetaremos a outros programas, designadamente poderemos alargar ao Brasil, aos países da América Latina ou poderemos simplesmente integrar o mecanismo Covax, sem nenhum destinatário específico”, disse António Costa.
A pandemia de covid-19 matou, até hoje, pelo menos 4.093.263 pessoas no mundo desde o final de dezembro de 2019, segundo um levantamento realizado pela agência de notícias francesa AFP com base em fontes oficiais.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.
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