Desde o início da pandemia, Portugal contabilizou 1.779 mortes associadas à COVID-19 e 54.234 casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Em relação a ontem, registaram-se mais um óbito, 132 infetados e 103 recuperados. Ao todo há já 39.800 casos de recuperação em Portugal.

Lisboa e Vale do Tejo (LVT) regista metade (50%) dos novos episódios de infeção pelo novo coronavírus, com 66 das 132 novas infeções.

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 840 óbitos, seguida de Lisboa e Vale do Tejo (632 +1 que ontem), Centro (253) e Alentejo (22). Pelo menos 17 mortes foram registadas no Algarve. Há 15 mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.

Em todo o território nacional, há 336 doentes internados, mais 11 que ontem, e 39 em unidades de cuidados intensivos, o mesmo número que no domingo.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, que iniciou hoje um novo modelo de divulgação dos dados, existem 12.655 casos ativos da infeção em Portugal e 35.568 pessoas em vigilância pelas autoridades.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS Imagem do boletim da DGS

Portugal continua sem registo de mortes abaixo dos 20 anos e a faixa etária acima dos 80 anos continua a ser a mais atingida pela mortalidade por COVID-19.

Quanto a casos confirmados, distribuem-se por todas as faixas etárias, sendo as idades até aos nove anos as menos afetadas por infeções.

O boletim da DGS deixou de fornecer números exatos sobre a distribuição demográfica de casos, mas, segundo o gráfico apresentado, as faixas etárias entre 30 e 39 anos e os 40 e os 49 anos continuam a ser as mais afetadas. Nos 132 novos casos registados nas últimas 24 horas, 72 são homens e 60 são mulheres.

Os dados indicam ainda que, do total das vítimas mortais, 896 são homens e 883 são mulheres.

Por faixas etárias, o gráfico mostra que o maior número de óbitos se concentra nas pessoas com mais de 80 anos, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos, entre 60 e 69 anos e entre 50 e 59 anos.

Concelhos com mais casos

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país que regista o maior número de infeções, com 27.997 (+66), seguida da região Norte (19.514 +41), da região Centro (4.591 +6), do Algarve (980 +5) e do Alentejo (836 +13). Nos Açores, existem 186 casos confirmados (+1) e na Madeira 130 (o mesmo que ontem).

Relativamente aos concelhos, Lisboa continua assim a registar o maior número de infeções pelo coronavírus, com 4.822 casos, seguido de Sintra (4.038), Loures (2457), Amadora (2.350), Vila Nova de Gaia (1.857), Odivelas (1.657), Porto (1513), Cascais (1.509), Matosinhos (1.345), Braga (1.313), Oeiras (1.208), Vila Franca de Xira (1.160), Gondomar (1.116), Maia (985), Almada (896), Seixal (887), Valongo (797), Guimarães (762), Ovar (710) e Coimbra (638).

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Último balanço da AFP

A pandemia do novo coronavírus já causou a morte a pelo menos 770.429 pessoas e infetou mais de 21 milhões em todo o mundo, desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP, baseado em dados oficiais. De acordo com os dados recolhidos pela agência francesa de notícias, até às 11h00 de hoje, de Lisboa, já morreram pelo menos 770.429 pessoas e há mais de 21.719.870 casos infetados em 196 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro de 2019, na cidade chinesa de Wuhan. Pelo menos 13.399.500 casos foram considerados curados pelas autoridades de saúde.

A AFP adverte que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que alguns países estão a testar apenas casos graves, outros usam o teste como uma prioridade para rastreamento e muitos países pobres têm apenas capacidade limitada de rastreamento.

Os Estados Unidos, que registaram a primeira morte ligada ao coronavírus no início de fevereiro, são o país mais afetado em termos de número de mortes e casos, com 170.052 e 5.404.115, respetivamente. Pelo menos 1.833.067 pessoas foram declaradas curadas.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 107.852 mortes e 3.340.197 casos, México com 56.757 mortes (522.162 casos), Índia com 50.921 mortes (2.647.663 casos) e Reino Unido Unidos com 41.366 mortes (318.484 casos).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) contabilizou oficialmente 84.849 casos (22 novos entre domingo e hoje), incluindo 4.634 mortes e 79.603 recuperações.

A Europa totalizou hoje 210.592 mortes (3.526.872 casos), a América Latina e as Caraíbas 241.679 mortes (6.176.016 casos), Estados Unidos e Canadá 179.115 mortes (5.526.154 casos), Ásia 80.568 mortes (4.013.085 casos), Médio Oriente 32.393 mortes (1.331.036 casos), África 25.628 mortes (1.120.910 casos) e Oceânia 454 mortes (25.798 casos).

A AFP avisa que, devido a correções pelas autoridades ou a publicação tardia dos dados, os valores de aumento de 24 horas podem não corresponder exatamente aos publicados no dia anterior.

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