A reunião tem como objetivo “o aprofundamento daquilo que são as medidas de supressão da doença nas freguesias nas áreas que têm maior incidência de doença”, adiantou Marta Temido na conferência de imprensa da DGS sobre o novo coronavírus SARS-CoV-2, que provoca a covid-19.
“Estando agora a situação que nos inspira maior preocupação circunscrita a cinco concelhos da Área Metropolitana de Lisboa, dentro deles distribuída de forma não perfeitamente simétrica, com uma clara identificação das freguesias onde há maior incidência, decidimos tomar desde logo uma iniciativa que se prende com a realização de uma reunião na próxima segunda-feira de amanhã”, disse Marta Temido.
Segundo a ministra, a reunião contará com a presença do primeiro-ministro, António Costa, e que envolverá o presidente da Área Metropolitana de Lisboa e os presidentes das autarquias da Amadora, Lisboa, Loures, Odivelas e Sintra.
O Ministério da Saúde está envolvido, juntamente com outras áreas governamentais e com outros setores no lançamento de um programa que se destina “a estimular e a financiar iniciativas participativas no sentido da melhoria das condições em bairros onde existem constrangimentos”, acrescentou a governante.
O programa “Bairros saudáveis”, que será anunciado “em detalhe” nos próximos dias “tem inspiração num programa da área de Lisboa conhecido por alguns como ‘Bip Zip’ e que se destina a estimular e a financiar iniciativas participativas no sentido da melhoria das condições também de saúde pública, mas não só, em bairros onde existam constrangimentos”, salientou.
No final da sua intervenção inicial, Marta Temido quis deixar uma mensagem: “os portugueses fizeram sacrifícios enormes nos últimos meses” e “o Ministério da Saúde e o Governo não irão correr o risco de deixar que esse esforço seja desperdiçado”.
“O comportamento individual é a melhor forma de cada um se proteger a si, proteger os mais expostos e vulneráveis, proteger o sistema de saúde. Isto é uma maratona não é um sprint”, disse, avisando: “não é possível baixar a guarda e estão redondamente enganados aqueles que pensam que podem regressar às suas vidas na normalidade anterior”.
“Isso só acontecerá quando uma vacina ou um tratamento eficaz forem descobertos. Daqui até lá, não hesitaremos em utilizar as medidas de saúde pública necessárias a que a supressão de doença seja efetivamente adquirida, conquistada para todos e disseminada”, assegurou Marta Temido.
Em Portugal, morreram 1.527 pessoas das 38.464 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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