“Onde existirem vacinas que dêem resposta a este premente problema, naturalmente elas serão bem-vindas”, disse o líder dos comunistas, Jerónimo de Sousa, numa conferência de imprensa sobre a situação da saúde, na sede do partido, em Lisboa, questionado sobre se Portugal poderia comprar vacinas à China ou à Rússia.

Na resposta, disse que sim, mencionou a China (e não a Rússia), mas acrescentou Israel como país onde poderia ser possível o Governo comprar vacinas, acrescentando: “Não temos qualquer caráter discriminatório, seja da China, Israel.”

Jerónimo de Sousa deu razão e disse que “é compreensível” que países da UE como a Alemanha “estejam a procurar outras soluções mais céleres”, não respondendo, porém, à questão de quem daria a autorização para Portugal poder fazer a vacinação com fármacos extracomunitários, que tem aprovação por um organismo europeu.

“Nada justifica que o Governo português fique condicionado a adquirir vacinas fora do quadro das empresas” aprovadas na UE, num momento em que se registam atrasos, e que aceite que “os interesses egoístas dessas grandes farmacêuticas prevaleçam sobre o direito à saúde e à vida das populações”, disse.