“Sem antecipar decisões que o Governo venha a tomar, o que o país precisa é que deixemos de viver em função do horror dos números, se liberte a vida das famílias de restrições injustificadas e se tomem medidas de dinamização da atividade económica, social, cultural e desportiva”, defendeu Jorge Pires, membro da Comissão Política do Comité Central do PCP.
Numa declaração enviada aos jornalistas, o dirigente comunista destacou o que considerou ter sido o reconhecimento hoje na reunião no Infarmed, que voltou a juntar especialistas e políticos para avaliar a situação epidemiológica, “da desadequação da fixação de um conjunto de restrições baseada numa matriz de risco e num conjunto de linhas vermelhas, que serviram sobretudo para justificar a aplicação de medidas restritivas”.
“O que a atual situação epidemiológica reclama, mais do que insistência em restrições, é a adoção de medidas que permitam recuperar atrasos na vacinação, a implementação da testagem e o reforço das equipas de saúde pública fundamental ao rastreio dos novos casos e dos contactos por estes realizados”, sustentou.
O PCP sublinhou que “a solução mais sólida e mais eficaz para combater a COVID-19, é a vacinação rápida de todos, objetivo que exige a aquisição das vacinas em falta e a contratação de mais profissionais” e alertou que apesar do trabalho dos profissionais de saúde ainda se está “longe das necessidades”, o que imputa ao facto de o Governo não ter “diversificado a aquisição das vacinas”.
Os comunistas têm vindo a defender a “diversificação da aquisição de vacinas, junto de países ou farmacêuticas que desenvolveram vacinas reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde” e fizeram aprovar uma recomendação na Assembleia da República nesse sentido.
“O país e os portugueses não aguentam mais uma situação marcada pelo aumento de falências de milhares de micro, pequenas e médias empresas, do aumento do desemprego e da pobreza. Uma situação que só não é mais grave porque por iniciativa do PCP, entre outras medidas, foi possível assegurar a 300 mil trabalhadores em ‘lay-off’ os seus salários por inteiro, que mais de 50 mil desempregados tivessem visto os seus subsídios de desemprego prolongados, e muitos outros que da cultura a atividades independentes tivessem tido acesso a apoios”, defendeu.
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