“A Unidade de Saúde Pública (USP) do Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga (ACeS BV) informa que, no âmbito da investigação ao surto de covid-19 verificado em Oliveira do Bairro, após deteção dos primeiros casos, foram identificados, telefonicamente e presencialmente, 140 contactos e realizados 120 testes”, revelaram as autoridades, em comunicado.
Numa altura em que ainda são aguardados os resultados da maioria dos testes, são já conhecidos 12 casos positivos, registando-se 39 testes negativos.
Para além da realização dos testes, foram aplicadas “as necessárias medidas de saúde pública, nomeadamente a quarentena para os doentes e isolamento profilático para os contactos”, informa a ARS.
“Comunica-se ainda que a maioria dos casos são assintomáticos, não havendo conhecimento de qualquer situação clínica grave”, adianta a mesma fonte, reforçando que a delegada de saúde coordenadora da USP do ACES BV considera que “as medidas de isolamento e de confinamento são absolutamente decisivas para conter o surto, através da quebra das cadeias de transmissão”.
Na quarta-feira, fonte da Câmara de Oliveira do Bairro reconheceu, em declarações à Lusa, que a autarquia tinha “conhecimento oficial” de um surto de covid-19 com ligação a um estabelecimento comercial e apelou aos munícipes que respeitem as orientações das autoridades de saúde.
Fonte da autarquia presidida por Duarte Novo reconheceu ainda ter conhecimento de que um grupo “a rondar as cem pessoas”, que incluía dois vereadores sem pelouros, estava a ser acompanhado pelas autoridades sanitárias depois de terem estado no bar, situado na Alameda da sede do concelho.
Duarte Novo pediu, entretanto, em nome da Proteção Civil Municipal, que “todas as pessoas cumpram rigorosamente as medidas de proteção da Direção-Geral de Saúde, nomeadamente o uso de máscara e o distanciamento social”.
O autarca lembra que “o auto-isolamento é obrigatório por lei, quando o diagnóstico está confirmado”, e adiantou que “contactou todas as entidades de saúde e de segurança locais e regionais, transmitindo a informação que tinha e colocando-se ao dispor para tudo o que seja necessário fazer, no sentido de controlar a situação e evitar que mais pessoas possam ser infetadas”.
No início do confinamento, o município comprou mil testes de deteção da covid-19, produzidos na Alemanha e aprovados pelo Infarmed, para despiste da infeção nos grupos mais vulneráveis da população do concelho.
Criou ainda um “programa de apoio social excecional e temporário”, no âmbito das medidas relativas à situação epidemiológica do covid-19, que passou pelo apoio psicológico, apoio jurídico e apoio na recolha e entrega de compras e bens essenciais no supermercado, medicamentos e outros produtos de primeira necessidade.
Distribuiu também gratuitamente pelos comerciantes e restante população viseiras, máscaras e gel desinfetante.
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