Armindo Tiago falava na Assembleia da República no segundo dia da sessão de informações do Governo.

“Espera-se que até ao mês de maio, o país receba 1,7 milhões de doses de vacinas adicionais”, afirmou Armindo Tiago.

A disponibilidade vai permitir a imunização gradual de mais grupos prioritários, visando abranger toda a população adulta do país, acrescentou Tiago.

O governante recordou que já está em curso, desde segunda-feira, a primeira fase de vacinação contra a covid-19, que contempla a imunização de cerca de 60 mil técnicos de saúde.

A operação está a ser viabilizada com o recurso a 200 mil doses de vacinas oferecidas ao país pela China, a primeira remessa recebida em Moçambique.

Já esta semana, na segunda-feira, após o arranque oficial da vacinação, chegou um reforço de 100.000 doses oferecidas pela Índia e 384.000 do mecanismo Covax, uma iniciativa impulsionada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em prol da vacinação dos países pobres.

“Nas fases subsequentes da campanha, em função da disponibilidade, serão vacinados outros grupos prioritários, de forma paulatina, até se alcançar o grupo total elegível para vacinação”, frisou o ministro, ou seja, os adultos que representam cerca de 16 milhões de habitantes, pouco mais de metade da população moçambicana.

Armindo Tiago destacou que o arranque da campanha de vacinação beneficiou quadros seniores do Ministério da Saúde, como uma estratégia de promover a aceitação geral da vacina entre os profissionais do setor.

O governante avançou que Moçambique foi o sétimo país de África a receber vacinas contra a covid-19 da China, o 15.º a ser contemplado pelo mecanismo internacional Covax e o 13.º do continente a iniciar a campanha de vacinação contra a pandemia.

Assinalou ainda que o país registou um aumento do número de casos de covid-19 desde final do ano passado, apontando como motivos a circulação da nova variante detetada na Árica do Sul e o incumprimento das “medidas básicas” de prevenção.

Moçambique regista um total acumulado de 707 mortes por covid-19 e 63.174 casos, dos quais 76% estão recuperados.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.621.295 mortos no mundo, resultantes de mais de 117,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.