Os testes que têm de ser exibidos nas fronteiras vão passar a ter no impresso um código de barras que ao ser lido por um telemóvel ou outros dispositivos permite verificar de imediato a sua autenticidade.

"O ministério está, neste momento, em fase final de conceção de um sistema baseado em codificação de resultados usando um código de barras", disse o diretor-adjunto do INS, Eduardo Samo Gudo.

O sistema, cuja implementação estará prevista para breve, vai ser testado na próxima semana nas fronteiras da província de Maputo, avançou.

"Vamos usar uma codificação com um algoritmo muito complexo. Era preciso ser um génio para poder falsificar [o teste] e levaria, provavelmente, meses e até anos para descobrir qual é o algoritmo", referiu.

No dia 06, as autoridades denunciaram a venda de falsos testes à covid-19 junto ao posto fronteiriço moçambicano de Ressano Garcia, poucos dias depois da reabertura à circulação geral.

O posto de fronteira de Ressano Garcia, o mais movimentado de Moçambique e que faz ligação com a África do Sul, reabriu ao público no dia 01, depois de estar seis meses (desde 27 de março) restrito apenas a mercadorias devido às restrições impostas pela covid-19.

Entretanto, o movimento de pessoas está condicionado à apresentação do teste à covid-19 com resultado negativo feito nas últimas 72 horas.

"Em relação aos testes falsos, o Ministério da Saúde, junto de outras autoridades, está ainda a investigar", concluiu Samo Gudo, sem avançar detalhes.

Moçambique tem 56 postos de fronteira, mas apenas 32 estão atualmente em funcionamento devido às limitações impostas pelo novo coronavírus.

Moçambique regista um total acumulado de 10.537 casos de covid-19, com 73 óbitos 8.214 recuperados.