O provedor enfrenta o segundo surto, em poucos meses, em mais um lar da Misericórdia de Mirandela, o Nossa Senhora da Paz, com 62 dos 84 utentes infetados e quatro das cerca de 40 funcionárias também com testes positivos ao novo coronavírus nesta instituição do distrito de Bragança.
“Nunca tinha acontecido termos uma percentagem desta grandeza”, salientou, comparando os dados com outros surtos em respostas sociais, como o que ocorreu em novembro no lar do Hospitel, em que o número de casos foi surgindo de forma “progressiva e lenta”.
Adérito Gomes suspeita que esta propagação rápida, que está a afetar também outros lares de outras instituições da região, está relacionada “com a nova variante mais contagiosa” do coronavírus, que causa a doença covid-19.
O atual surto no lar Nossa Senhora da Paz foi detetado na sequência de medidas tomadas depois de uma utente que apresentava sintomas de tosse, no domingo, ter dado positivo em testes rápidos, junto com mais duas utentes com quem mantinha maior proximidade.
O provedor relatou que as idosas foram imediatamente isoladas e solicitada às autoridades de saúde a realização de testes a todos os idosos.
Os resultados chegaram na terça-feira, com 62 positivos, três inconclusivos e 19 negativos.
Os funcionários ainda estão a ser testados e, entre os resultados já conhecidos há “pelo menos, quatro casos positivos”, segundo o provedor.
Nos últimos dias são vários os casos de lares no distrito de Bragança onde têm surgido surtos que atingiram a maioria ou a quase totalidade dos utentes, como o caso do lar de Agrochão, no concelho de Vinhais, onde todos os 32 utentes e 17 dos 22 funcionários testaram positivo.
Também no lar Conceição Cabral de Vila Flor quase todos os utentes e alguns funcionários testaram positivo ao novo coronavírus, totalizando 35 infetados.
No lar dos Cerejais, em Alfândega da Fé, foram detetados 31 casos positivos entre os 40 utentes e 19 entre cerca de 40 funcionários.
No Lar da Misericórdia de Miranda do Douro testaram também positivo todos os 63 utentes.
O distrito de Bragança tinha no último relatório oficial, datado de terça-feira, quase 1.400 casos ativos.
Desde o início da pandemia, em março, a região soma 7.530 casos de infeção e 126 mortes.
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