O objetivo desta aplicação é identificar contactos de infeção, interromper cadeias de transmissão e alertar quem esteve exposto ao risco de contacto a tomar medidas de proteção, disse Marta Temido, durante a apresentação desta ferramenta, no Porto.

“A identificação de contactos é uma intervenção central em saúde pública quando se enfrenta uma doença como esta, caracterizada pelo seu elevado contágio”, referiu.

Além disso, a governante frisou que esta é “fundamental” para apoiar as autoridades da saúde porque acelera o seu trabalho, é um auxiliar de memória, regista acontecimentos quase impercetíveis, ou seja, contactos que as pessoas não inscrevem na memória e, num mundo global onde as pessoas se movimentam entre vários países, pode ser um “auxiliar precioso.

Apelando a que todos descarreguem a ‘Stayaway Covid’, Marta Temido, que referiu estar em processo de instalação da aplicação, afirmou que as características desta permitem ao Governo dizer “com tranquilidade” que é “confidencial, voluntária e segura e, por isso, na qual se pode confiar”.

Obter esta ferramenta é um “exercício de responsabilidade individual” face aos outros, nomeadamente numa altura de regresso às aulas e à “normalidade possível”, vincou.

A ministra alertou ainda as pessoas a lerem com “prudência” o alerta emitido pela aplicação, quando isso acontecer, porque a exposição não significa infeção.

“E tenham a tranquilidade necessária para seguir os passos seguintes”, sublinhou.

Apesar das vantagens, a governante assumiu que a aplicação tem limitações, como qualquer ferramenta, nomeadamente o facto de nem todos terem tecnologia compatível, nem todos descarregarem a aplicação e nem todos andarem com o telemóvel por todos os locais por onde passa. Por isso, a calibração e aperfeiçoamento desta é “essencial”.

A 'Stayaway covid' é uma aplicação móvel voluntária que, através da proximidade física entre 'smartphones', permite rastrear de forma rápida e anónima as redes de contágio por COVID-19, informando os utilizadores que estiveram, nos últimos 14 dias, no mesmo espaço de alguém infetado com o novo coronavírus.

A pandemia de COVID-19 já provocou pelo menos 847.071 mortos e infetou mais de 25,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.822 pessoas das 58.012 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.