"Temos mais duas empresas a querer produzir máscaras, a pedir referencias técnicas para muito rapidamente começar a produzir máscaras", revelou o chefe do gabinete da Câmara do Porto, Nuno Santos, aos jornalistas.

Nuno Santos lembrou que em Portugal havia, até aqui, apenas uma fábrica a produzir máscaras deste tipo, tendo passado a duas, com a parceria da autarquia com um empresário de Campanhã que se disponibilizou para produzir aquele material de proteção individual.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A Câmara do Porto anunciou na terça-feira que, em colaboração com uma empresa local, ia iniciar "imediatamente" a produção de máscaras de proteção pessoal, do tipo cirúrgico, admitindo que, além dos funcionários municipais, as mesmas pudessem ser distribuídas a bombeiros, empresas de transporte e à rede social.

Em declarações aos jornalistas, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, avançava ainda que aquela unidade, com cerca de 20 funcionários, está já a produzir 1.000 unidades por dia, contudo,

"Tivemos hoje a informação que, caso seja possível adquirir uma máquina existente no Japão, é possível quadruplicar ou quintuplicar essa capacidade, portanto, estamos a fazer isso", afirmou.

Numa nota publicada na terça-feira na sua página oficial, o município admitia que a produção destinada a alimentar as necessidades dos funcionários municipais pudesse vir a ser distribuídos a hospitais, bombeiros e à rede social, caso estes venham a escassear e a entrar em rotura.

"Desta forma, a Câmara do Porto evita pagar preços especulativos (que já se praticam no mercado em materiais importados) e espera poder ajudar a proteger também os muitos voluntários que em instituições de solidariedade ou bombeiros voluntários estão nesta altura a ficar expostos à doença. É também uma forma de manter uma unidade fabril da área do Porto em funcionamento e a economia a funcionar, substituindo importação por produção nacional", salienta em comunicado.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que os contabilizados na terça-feira.

Portugal contabiliza duas mortes de pessoas infetadas e três casos recuperados.

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