Esta é a sexta vez que o arquipélago da Madeira não regista casos de infeção por covid-19 desde 16 de março, três das quais foram consecutivas.

“Apesar de não termos tido casos, totalizamos hoje 569 casos suspeitos estudados, 516 dos quais foram negativos”, disse a vice-presidente do IASAÚDE, Bruna Gouveia, especificando que, dos 53 casos positivos identificados na região, há a distinguir dois casos recuperados e 51 casos ativos.

Dos casos ativos, apenas um doente se mantém nos cuidados intensivos da unidade de covid-19 do Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, e os restantes 50 em domicílio ou em hotéis designados para acolher doentes infetados

Na conferência de imprensa diária sobre a pandemia, Bruna Gouveia indicou ainda que a Madeira já realizou 1.280 testes de despiste à covid-19 e que existem 223 pessoas em vigilância ativa e 196 em vigilância passiva.

O secretário regional da Saúde e da Proteção Civil, Pedro Ramos, realçou, por seu lado, que a região está a gerir a questão dos testes de forma “razoável e responsável”, apesar dos 15.000 testes de que dispõe.

“Nós não vamos testar toda a população de imediato, a situação da Madeira é uma situação de contenção alargada, nós não estamos numa fase de mitigação, nem de transmissão comunitária e, portanto, as nossas atitudes estão de acordo com a nossa fase de evolução pandémica”, observou.

O responsável pelo setor da Saúde no arquipélago sublinhou que o arquipélago tem vindo a fazer cada vez mais testes e que “já se está a pensar nos testes serológicos”.

Pedro Ramos acrescentou que durante o dia de hoje foram realizados inquéritos epidemiológicos e controlo de temperatura aos idosos e funcionários do Lar do Vale Formoso e que se primaram negativos.

O secretário regional destacou ainda que a taxa de mortalidade na Madeira nos primeiros meses de 2020 foi menos dez por cento do que aquela verificada em 2019 (menos 83 falecimentos), atribuindo esse facto ao Sistema Regional de Saúde.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou quase 127 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 428 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 599 pessoas das 18.091 registadas como infetadas.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.