“São eliminadas as medidas de limitação de entrada de pessoas de passaporte estrangeiro a Macau (..), ou seja, as medidas de entrada voltarão a ser aquelas aplicadas antes de 2019, antes da covid-19”, referiu, em conferência de imprensa, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U.
A responsável notou ainda que, a partir de domingo, “são eliminadas as medidas de controlo de gestão de saúde” à entrada do território.
Além disso, referiu Elsie Ao Ieong U, quem chega à região administrativa do estrangeiro – com exceção para Hong Kong e Taiwan – deve apresentar “um certificado de teste rápido de antigénio ou de teste de ácido nucleico para a covid-19 com resultado negativo realizado no prazo de 48 horas”.
Já todos os passageiros que cheguem ao território e queiram entrar no interior da China dentro de sete dias também são obrigados a apresentar um certificado de teste no prazo de 48 horas.
Macau fechou as fronteiras a estrangeiros sem o estatuto de residente em março de 2020.
Em abril do ano passado, o território levantou as restrições fronteiriças a trabalhadores filipinos, estudantes universitários e profissionais do ensino estrangeiros, como professores portugueses. A isenção foi mais tarde alargada a trabalhadores oriundos da Indonésia.
Em maio, a região aprovou a entrada de todos os portugueses não residentes no território, assim como de cônjuges estrangeiros e filhos menores de residentes locais.
Quatro meses depois, foi permitida a entrada de trabalhadores não residentes e familiares de residentes, assim como viajantes de 41 países.
Macau, que à semelhança do interior da China seguia a política ‘zero covid’, apostando em testagens em massa, confinamentos de zonas de risco e quarentenas, anunciou no início de dezembro o cancelamento da maioria das medidas de prevenção e contenção, depois de quase três anos das rigorosas restrições.
Até 04 janeiro 2023, 250 mil pessoas, ou seja, 37% da população local, confirmaram através de uma plataforma ‘online’ estar infetadas, realçou a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, apontando, porém, que houve quem não declarasse a doença e que, por isso, o número de pessoas afetadas “poderá ser muito distante”.
“De acordo com a nossa monitorização e as nossas estimativas, consideramos que 70% dos trabalhadores e profissionais do sistema de saúde foram infetados. Quanto aos estudantes, temos cerca de 50 a 60% e professores cerca de 70%, pelo que os infetados no total da população de Macau rondam os 60% a 70%”, afirmou.
De acordo com os Serviços de Saúde de Macau, 63 pessoas morreram de covid-19 desde o início da pandemia.
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