Segundo explicou a coordenadora da Unidade de Saúde Pública do Agrupamento de Centros de Saúde Pinhal Litoral, o surto terá começado na sexta-feira, mas foi detetado no domingo.
“Os utentes fizeram o reforço da terceira dose da vacinação e a instituição associou os sintomas aos efeitos secundários. Na sexta-feira, uma utente deu uma queda e foi ao hospital, onde realizou um teste à covid-19. No dia seguinte, o resultado deu positivo”, revelou Odete Mendes.
Entretanto, nove funcionários começaram com sintomas gripais e uma trabalhadora deu também positivo, quando realizou um autoteste à covid-19.
“Desencadeámos, no domingo, a testagem a todos os utentes da ala que tinha testado positivo e 39 utentes testaram positivo. Dois estão no hospital (a primeira e uma segunda situação), mas todos estão estáveis”, assegurou a responsável.
Odete Mendes explicou ainda que o lar tem 107 utentes e está dividido em duas alas, mas apenas uma delas registou casos positivos. “Também efetuámos testes na outra ala, mas os resultados foram todos negativos. Realizámos ainda testes PCR aos 90 funcionários e dez deram positivo”, informou também.
A coordenadora da Unidade de Saúde Pública adiantou que na região não existem mais surtos. “À semelhança do que está a acontecer no país, os casos têm vindo a subir, mas não temos surtos ativos. Há casos pontuais nas escolas, mas como temos a população vacinada, são situações isoladas e acompanhadas caso a caso”, esclareceu.
Reconhecendo que “existe um desgaste” de todos, com a “necessidade de voltar à normalidade”, a médica de saúde pública apelou a que as pessoas cumpram as orientações da Direção-Geral da Saúde.
Odete Mendes sublinhou ainda que o inverno está a preocupar as autoridades de saúde, tendo em conta um possível aumento das doenças respiratórias agudas.
“A população mais idosa está a ser também vacinada contra a gripe. Estamos na expectativa e há uma apreensão”, insistiu.
De acordo com a responsável, a “vacinação foi fundamental, como se sabia”, para o controlo da pandemia.
“Temos assistido a pessoas que não se vacinaram por opção própria, a repensar a sua decisão inicial. O apelo que faço é para que os que não se vacinaram por opção decidam agora vacinar-se. Vão sempre a tempo. A vacinação de cada um contribui para o bem-estar de todos. Não podemos pensar só no individual, mas num bem coletivo”, rematou.
A covid-19 provocou pelo menos 4.952.390 mortes em todo o mundo, entre mais de 243,97 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.141 pessoas e foram contabilizados 1.086.280 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
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