“O Governo entende que todas as pessoas que tenham a dose de reforço há mais de 14 dias deixarão de ter de fazer teste" para ter acesso a diversos locais ou atividades, anunciou António Costa no final do Conselho de Ministros.
Segundo o primeiro-ministro, trata-se de “um incentivo” às pessoas que estão em condições de ter acesso à dose de reforço.
De acordo com as novas regras hoje aprovadas em Conselho de Ministros para “controlar a pandemia” de covid-19, é obrigatório teste negativo para quem não tenha a dose de reforço da vacina para fazer visitas a lares de idosos e a doentes internados nos hospitais.
Para ter acesso aos grandes eventos, eventos sem lugares marcados ou em recintos improvisados e a recintos desportivos também ficam isentos de testagem as pessoas que tenham dose de reforço há mais de 14 dias.
No acesso a bares e discotecas, que vão reabrir a 14 de janeiro, mantém-se também a exigência de apresentação de teste negativo, exceto a quem demonstrar ter sido vacinado há pelo menos 14 dias com uma dose de reforço de uma vacina contra a covid-19.
Por sua vez, o certificado digital é obrigatório para entrar em restaurantes, estabelecimentos turísticos e alojamento local, espetáculos culturais, eventos com lugares marcados e ginásios.
António Costa considerou que "a razão fundamental" para as pessoas se vacinarem é a proteção da doença.
“A razão fundamental para que as pessoas se devam vacinar não é para poderem ir aqui ou para poderem ir ali, a razão é para se protegerem da doença, essa é a razão fundamental, os números evidenciam isso. O facto de haver vacinação diminui o número de infeções e a gravidade das infeções. Estamos a ter muitos mais casos, mas com muito menos internamentos e óbitos do que tivemos há um ano com menos casos”, disse.
O primeiro-ministro sublinhou que é este “elevado nível de vacinação que permite, num contexto em que ainda está a aumentar o número de novos casos, poder não reforçar as medidas restritas”.
“Vacinar, testar, proteção por via da máscara, proteção pelo distanciamento físico e via da desinfeção é absolutamente essencial para todos podermos continuar a progredir de uma forma segura e tranquila no contexto desta pandemia”, precisou.
António Costa falava no Palácio da Ajuda, em Lisboa, após uma reunião do Conselho de Ministros que avaliou a evolução da pandemia e as medidas que devem manter-se em vigor após o dia 10 de janeiro, depois de, na véspera, ter ouvido os peritos numa reunião no Infarmed.
Entre as medidas estão a reabertura das escolas na segunda-feira e a manutenção da obrigatoriedade do teletrabalho até ao dia 14 de janeiro e o controlo das fronteiras áreas.
O primeiro-ministro disse ainda que as medidas vão estar em vigor “pelo tempo que for necessário”.
A covid-19 provocou 5.456.207 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.054 pessoas e foram contabilizados 1.539.050 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em diversos países.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.
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