“Para aliviar as dificuldades do povo, algumas atividades económicas adicionais serão permitidas” a partir de 20 de abril, diz uma diretiva do Ministério do Interior.

O confinamento nacional na Índia está em vigor até dia 03 de maio, num país com 1,3 mil milhões de habitantes.

“As novas diretrizes consolidadas visam abranger os setores da economia que são vitais do ponto de vista do desenvolvimento agrícola e rural”, de acordo com o Governo indiano.

O novo regulamento contempla agricultura, pesca, construção civil e algumas indústrias, que poderão a partir de dia 20 começar a funcionar, embora sob alguns constrangimentos relacionados com medidas de segurança sanitária.

Certos setores essenciais para a economia indiana já estavam teoricamente isentos de medidas de contenção, mas na prática podem enfrentar dificuldades em operar num país que está paralisado há várias semanas.

Também passa a estar permitido o trabalho para profissões como canteiros de obras, sob a égide de um programa nacional mínimo de emprego garantido pelo Governo em áreas rurais, que tenta dar sustento a parte da população com mais dificuldades económicas.

O confinamento geral na Índia foi um golpe terrível para os cidadãos mais pobres, privando repentinamente milhões de pessoas dos seus meios de subsistência.

O sul da Ásia corre o risco de registar o seu pior desempenho económico em 40 anos, devido ao novo coronavírus, o que pesará nos esforços para reduzir a pobreza na região, informou o Banco Mundial em um relatório.

Até agora, a Índia identificou 11.439 casos confirmados de coronavírus, e 377 mortes, segundo o mais recente relatório oficial.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou quase 127 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 428 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.