Segundo o ECDC, a subida foi de 4,6% e a incidência atingiu os 1.565 casos por 100.000 habitantes (dados até 13 de março), valor que sobe para 9,1% nos maiores de 65 anos. Há 14 países que registaram uma tendência ascendente, num contexto em que vários reduziram o número de testes.

O aumento da transmissão, principalmente em idosos, está a piorar os indicadores de gravidade: seis países relataram aumento na ocupação hospitalar e cinco na taxa de mortalidade.

“Em tempos de alta incidência, é provável que algumas pessoas sejam hospitalizadas ou morram com, e não de, covid-19. Os internamentos e a ocupação em Unidades de Cuidados Intensivos, que poderia dar um quadro mais preciso da gravidade, permanece em níveis relativamente baixos”, alerta.

O relatório semanal deste órgão de referência para epidemias da União Europeia (UE), com sede em Estocolmo, destaca, contudo, que nove dos 28 países reportaram uma tendência de aumento de unidades de cuidados intensivos em relação à semana anterior.

O ECDC considera também que a situação epidémica, que inclui vários elementos além da incidência, é de muito grande preocupação em três países (Islândia, Irlanda e Holanda) e de grande preocupação noutros 18, incluindo Áustria, Dinamarca, França, Alemanha, Grécia, Noruega e Portugal.

A situação epidémica na Bélgica, Bulgária, Hungria, Itália, Lituânia, Polónia, Espanha e Suécia é de preocupação moderada e, no caso da Roménia, baixa.

As previsões para as próximas duas semanas na UE e no Espaço Económico Europeu (EEE) apontam para uma tendência crescente na incidência e uma tendência estável nãos internamentos e óbitos.

Segundo os dados disponíveis, 83,1% da população com mais de 18 anos na UE/EEE receberam o ciclo completo da vacina contra a covid-19 e 62,9% já têm a dose de reforço.