O Comando Territorial de Évora da GNR, em comunicado enviado hoje à agência Lusa, explicou que a mulher foi identificada por militares do Posto Territorial de Mora, na terça-feira.
Segundo a guarda, a mulher não respeitou “a medida de confinamento obrigatório que lhe foi decretada pela Autoridade de Saúde Pública”, devido ao surto da doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.
A mulher “optou opor se ausentar do seu domicílio, tendo sido identificada, encaminhada para a sua residência e os factos comunicados ao Tribunal Judicial de Évora”, adiantou a GNR.
No comunicado, a guarda referiu que, “face ao aumento de novos casos de cidadãos que testaram positivo à COVID-19” em Mora, “nos últimos dias”, os militares da GNR “realizaram uma ação de vigilância das pessoas que se encontram confinadas por ordem da Autoridade de Saúde”.
O objetivo foi assegurar o cumprimento desta medida, prevista “no regime da situação de contingência e alerta, fruto da última Resolução de Conselho de Ministros (n.º 63-A/2020), com efeitos desde o dia 14 de agosto”.
A resolução determina, entre outas medidas, “a obrigação de confinamento obrigatório em estabelecimento de saúde, no respetivo domicílio ou noutro local definido pelas autoridades de saúde para todos os doentes com COVID-19, ou infetados com SARS-CoV-2, e para os cidadãos relativamente a quem a Autoridade de Saúde ou outros profissionais de saúde tenham determinado vigilância ativa”, lembrou a GNR.
Na terça-feira, o número de pessoas infetadas com COVID-19 na vila alentejana de Mora subiu para 46, mais quatro do que na segunda-feira, disse à agência Lusa o presidente do município.
Segundo Luís Simão, que citou dados das autoridades locais de saúde pública, cinco das pessoas infetadas, todos homens, estão internadas no Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), três delas em cuidados intensivos.
Este surto surgiu no dia 09 deste mês, quando foram confirmados os primeiros três casos positivos na comunidade, número que tem vindo a subir, todos os dias, à medida que têm sido testados contactos de pessoas infetadas.
A câmara ativou o Plano Municipal de Emergência e fechou, no início da semana passada, os serviços de atendimento ao público e outros equipamentos, como a Oficina da Criança, a Casa da Cultura, o Centro de Atividades de Tempos Livres e instalações desportivas.
Com a população confinada em casa, por precaução, fecharam também cafés, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais.
Portugal contabiliza pelo menos 1.784 mortos associados à COVID-19 em 54.448 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
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