"A questão mais difícil são aqueles que estão de passagem no estrangeiro, em viagem, geralmente de férias, e que estão hoje contabilizados na ordem dos 130.000 no conjunto do planeta", disse o ministro à rádio France Info.

"O princípio de base é que queremos trazer os 130.000 para território nacional. Eles querem e têm razão para querer", acrescentou.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Muitos países suspenderam as ligações aéreas com França, o terceiro país da Europa mais afetado pela pandemia, depois de Itália e de Espanha, deixando os cidadãos franceses presentes nos seus territórios sem possibilidade de regressar.

Jean-Yves Le Drian disse querer fazer regressar esses cidadãos "o mais depressa possível", "nos próximos dias", em "voos comerciais especiais" que as companhias aéreas estão a organizar em concertação com os países envolvidos.

Até lá, reiterou o apelo para que tenham "sangue-frio" e "paciência".

O Governo, disse, terá "uma vigilância particular para que os preços dos bilhetes sejam regulados, fixados, para que não haja especulação".

As medidas evocadas pelo ministro dizem respeito aos franceses de férias ou em negócios no estrangeiro.

Aos três milhões de franceses que residem habitualmente no estrangeiro, as autoridades recomendam que se mantenham "em casa" a menos que estejam em situação de "emergência de saúde".

O ministro apelou ainda a todos os franceses que estejam no estrangeiro e queiram regressar que, se ainda não o fizeram, se inscrevam no portal do Ministério dos Negócios Estrangeiros na Internet para que possam ser contactados.

Le Drian precisou que o Governo fez regressar a França na última semana 17.000 dos 20.000 franceses que estavam em Marrocos, um dos destinos preferidos pelos franceses, e que pediram para regressar.

O ministro evocou "casos particulares, mais difíceis", citando a Madeira, as Filipinas, as Canárias e a República Dominicana, mas assegurou que vão ser tomadas "decisões específicas" em relação a esses locais.

Pandemia continua a alastrar

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou esta sexta-feira a existência de seis mortes e 1.020 casos de COVID-19

O número total de infetados cresceu 235 em relação a ontem, uma subida que representa um aumento de 30% em relação aos dados de quinta-feira.

De acordo com o boletim diário da Direção-geral da Saúde (DGS), registaram-se até ao momento 1.020 casos confirmados de COVID-19 em Portugal, 850 aguardam resultado laboratorial, 5 recuperados e 9008 em vigilância pelas autoridades.

Ao todo, já morreram em todo o mundo 10.049 pessoas e há 246.522 casos contabilizados. Apenas um terço recuperou (88.486).

Itália superou a China esta quinta-feira no número de mortes por coronavírus, com 427 novos óbitos em 24 horas, o que levou a um total de 3.405, segundo dados oficiais do governo italiano.

Assim, Itália (3.405) tornou-se o país com mais mortes por COVID-19, à frente da China (3.245), Irão (1.284) e Espanha (1.002).

A doença parece estar a infetar as pessoas a um ritmo mais rápido: os primeiros 100.000 casos demoraram três meses a aparecer, mas os segundos surgiram num intervalo de apenas 12 dias, adverte a Organização Mundial de Saúde que alerta para a rápida propagação da pandemia.

Devido à pandemia, foram vários os Estados-membros da UE que adotaram medidas para promover o isolamento social, tentando assim conter o surto. Portugal incluído.

A doença já se alargou a 176 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar a situação como de pandemia.

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