“Foram já visitados 2.124 lares, de norte a sul do país, faltando apenas 38 para se completar esta ação”, adiantou o ministro João Gomes Cravinho, que está hoje a ser ouvido na comissão de Defesa Nacional, na Assembleia da República.

Fazendo um balanço geral do apoio das Forças Armadas à pandemia da covid-19, Gomes Cravinho salientou as “centenas de militares envolvidos no apoio aos lares”, em ações de sensibilização e formação, “num esforço pedagógico extremamente importante para podermos viver em segurança com este vírus”.

Além dos lares, o ministro afirmou que, à data de 21 de fevereiro, estavam internados 98 doentes no Hospital das Forças Armadas em Lisboa, incluindo nove em unidades de cuidados intensivos, e 11 no Porto – que apenas dispõe de camas de enfermaria.

“Destacaria também a expansão da capacidade inicial de 30 camas, no Centro Hospitalar de Belém, para as atuais 90 - já passaram por essa unidade hospitalar mais de 600 doentes, e hoje estão lá internados cerca de 70”, completou.

O governante mencionou ainda “o apoio no transporte logístico, abrangendo em especial os arquipélagos” dos Açores e Madeira, adiantando também que existem 803 militares “empenhados nos rastreios epidemiológicos”.

“Este é um apoio que sei que os portugueses apreciam e reconhecem, um apoio em regime de esforço extraordinário que foi dado no momento certo, no momento mais crítico para o nosso país, neste combate à pandemia”, considerou.

O ministro fez ainda menção à nomeação do vice-almirante Gouveia e Melo para coordenador da ‘task force’ do plano de vacinação, “podendo ele contar com a ativação do Estado-Maior da Força de Reação Imediata (FRI), com 20 militares dos três ramos das Forças Armadas”.

“A FRI já serviu o país noutros momentos de crise, como nos incêndios de 2017 ou na crise dos combustíveis de 2019, o que confirma a capacidade das Forças Armadas em responder, de forma rápida, eficiente e organizada, a crises e eventos inesperados”, sublinhou.

João Gomes Cravinho disse que "as Forças Armadas atuam em apoio e complementaridade ao Serviço Nacional de Saúde", não o substituindo "e não devem fazê-lo"

"Tem sido assim por exemplo no apoio à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, na gestão de camas hospitalares, ou na elaboração do plano de operações para a ativação do Hospital de Campanha da Cidade Universitária de Lisboa, ou ainda no internamento médico", concretizou.