Essa autarquia do distrito de Aveiro tinha no domingo 13 casos de Covid-19 confirmados no território, que tem o hospital de referência a sede do Centro Hospitalar do Entre Douro e Vouga - que, gere as unidades da Feira, Oliveira de Azeméis e São João da Madeira, servindo um universo de cerca de 350.000 utentes.
Considerando que dezenas de médicos e outros profissionais de saúde estão já em quarentena e que os que se mantêm em exercício vêm trabalhando "24 horas seguidas ou mais", o presidente da Câmara da Feira contactou quatro unidades de alojamento locais para lhes pedir ajuda.
"No hospital chegou a falar-se de se montar uma tenda para os médicos e enfermeiros poderem ter onde descansar, mas, quando soube disso, contactei os hotéis e eles disponibilizaram logo quartos para quem quiser ficar perto do São Sebastião", revelou Emídio Sousa à Lusa.
Em causa estão, a cerca de um quilómetro do hospital, o Hotel Nova Cruz, a Residencial dos Loios e o Hostel da Praça. A cerca de quatro quilómetros, está igualmente disponível o Hotel Pedra Bela.
"Os hotéis mostraram-se logo disponíveis e nem sequer falámos de preços, mas, mesmo que esta cedência não seja gratuita, tudo há-se ser tratado sem dificuldades", concluiu Emídio Sousa.
O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 6.400 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ronda as 164.000 pessoas em pelo menos 141 países e territórios, e, do total de infetados, mais de 75.000 recuperaram.
O epicentro da pandemia provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) deslocou-se da China para a Europa e o segundo país em pior situação é a Itália, que regista 1.809 vítimas fatais e no domingo anunciou 368 novas mortes. Os infetados são quase 25.000.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou domingo o número de casos de infeção confirmados para 245, mais 76 do que os registados no sábado.
Entre os casos identificados, 149 estão internados, dos quais 18 em unidades de cuidados intensivos, e há três pessoas recuperadas.
Lisboa e Vale do Tejo é agora a região que regista o maior número de casos confirmados (116), seguida da região Norte (103) e das regiões Centro e do Algarve (10). Há um caso nos Açores e cinco no estrangeiro.
O boletim epidemiológico assinala também que, desde o início da epidemia, a DGS registou 2.271 casos suspeitos e mantém 4.592 contactos em vigilância.
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