Este teste foi aprovado pela Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) e é um “grande passo” na luta contra a pandemia, comentou o responsável pela organização, Stephen Hahn.
Hahn acrescentou que este modelo de testagem também vai “reduzir a carga sobre os laboratórios”.
Este teste está a ser fabricado pela empresa de produtos de diagnóstico Ellume, sediada na Califórnia, que vai introduzir três milhões de unidades no mercado em janeiro e mais dois milhões nos meses seguintes.
Cada teste terá um custo aproximado de 30 dólares (quase 25 euros).
O modelo de testagem é semelhante aos restantes, mas a diferença reside no tamanho da zaragatoa, que é mais pequena. Depois de recolhida, a amostra tem se ser introduzida dentro de uma pequena caixa e que tem de estar emparelhada com o smartphone através de Bluetooth.
As pessoas também precisam de descarregar uma aplicação para smartphone. Esta plataforma vai disponibilizar o resultado cerca de 20 minutos depois da recolha da amostra.
O código postal dos utilizadores e a data de nascimento, para transmissão às autoridades sanitárias norte-americanas locais, também é requisito para poder fazer este teste. Já o endereço de correio eletrónico e o nome são opcionais.
A tecnologia tem semelhanças com a utilizada nos testes de gravidez. Neste caso, a pequena caixa vai detetar a presença de uma molécula presente na superfície do vírus, enquanto os testes PCR procuram o material genético do vírus - razão pela qual são mais sensíveis e fiáveis.
Apesar de menos sensíveis, os testes antigénicos têm potencial para utilização em massa, uma vez que são menos dispendiosos e há inclusive especialistas em saúde pública que defendem há meses a disponibilização de um maior número deste modelo de testagem.
Deste modo, sustentam os peritos, a população poderá fazer vários testes durante a semana, conforme necessário, e poderá saber o resultado quase instantaneamente.
Por seu turno, os testes PCR, ainda que mais fiáveis, têm de ser processados em laboratórios e os resultados apenas são conhecidos, mais tarde, cinco a sete dias depois. Em casos como estes, mais demorados, os especialistas argumentam que o período de transmissão já poderá passado.
E relativamente à fiabilidade dos testes, a FDA dá conta de que a Ellume identificou corretamente 96% das amostras cujo resultado revelou a presença do SARS-CoV-2 e 100% das amostras cujo resultado foi negativo à presença do vírus, em pessoas que apresentavam sintomas.
Em pessoas que não apresentava quaisquer sintomas, a fiabilidade foi de 91% em pessoas cuja presença do novo coronavírus foi detetada e de 96% em amostras negativas.
Este acesso quase generalizado à testagem ganha especial relevo nos Estados Unidos, o país mais afetado pela pandemia tanto a nível de óbitos (pelo menos 300.479), como de infeções confirmadas (mais de 16,5 milhões).
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