Portugal contabilizou até esta quinta-feira 2.245 mortes associadas à COVID-19 e 109.541 casos de infeção, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) hoje divulgado.

Em relação a ontem, registaram-se mais 16 óbitos, 3.270 infetados (um novo máximo nacional) e 1.293 recuperados. Ao todo há 64.531 casos de recuperação assinalados em território nacional.

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Segundo o documento da DGS, 60% dos novos casos foram detetados na região Norte de Portugal.

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 987 óbitos (+7 do que ontem), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (904 +6), Centro (285 +2) e Alentejo (31 +1). Pelo menos 23 (+1) mortes foram registadas no Algarve. Há 15 (=) mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há registo de óbitos associados à doença.

Em todo o território nacional, há 1.365 doentes internados, mais 93 que ontem, e 200 em unidades de cuidados intensivos, mais 13 do que na quarta-feira.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 42.765 casos ativos da infeção em Portugal – mais 1.961 que ontem - e 55.809 pessoas em vigilância pelas autoridades – menos 73 indivíduos.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país que regista o maior número de infeções, com 50.395 (+936), seguida da região Norte (44.875 +1.954), da região Centro (9.024 +281), do Algarve (2.335 +28) e do Alentejo (2.219 +56). Nos Açores, existem 332 casos confirmados (+3) e na Madeira 361 (+12).

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Faixas etárias mais atingidas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 1.503 (+9) mortes registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (444 +3), entre 60 e 69 anos (198 +4), entre 50 e 59 anos (67 =) e 40 e 49 anos (25).

Os dados indicam ainda que, do total das vítimas mortais, 1.138 (+13) são do sexo masculino e 1.107 do feminino (+3).

A faixa etária entre os 20 e os 29 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 18.323 (+576), seguida da faixa etária entre os 40 e os 49 anos, com 18.016 (+556) e da faixa etária dos 30 e os 39 anos, com 17.776 (+466).

Os dados indicam ainda que, desde o início da pandemia, houve 49.825 (+1.461) homens infetados e 59.716 (+1.809) mulheres, sendo que se desconhece o sexo de 160 casos.

Quadro resumo dos dados epidemiológicos de hoje
Quadro resumo dos dados epidemiológicos de hoje créditos: SAPO

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Último balanço mundial

A pandemia provocada pelo novo coronavírus já fez pelo menos 1.133.136 mortos em todo o mundo desde que foi notificado o primeiro caso na China, segundo o balanço diário da agência France-Press. Desde que o SARS-CoV-2 foi identificado, mais de 41.304.020 pessoas foram infetadas por esse coronavírus em todo o mundo, segundo o balanço, feito às 12h00 de hoje com base em fontes oficiais.

Até hoje, pelo menos 28.294.600 pessoas foram consideradas curadas de covid-19, acrescenta a agência francesa, sublinhando que os números oficiais refletem apenas parte do número real de contaminações no mundo.

Alguns países só testam os casos graves, outros utilizam os testes sobretudo para rastreamento e muitos países pobres dispõem de capacidades limitadas de testagem.

No dia de quarta-feira, registaram-se 6.509 mortes e 462.751 novas infeções, segundo os números coligidos e divulgados pela agência. Os países que registaram mais mortes nesse dia foram os Estados Unidos (990), a Índia (702) e o Brasil (566).

Os Estados Unidos continuam a ser o país mais afetado, tanto em número de mortes como de infeções, com um total de 222.220 mortes e 8.338.387 casos, segundo os dados da universidade Johns Hopkins, que contabiliza ainda mais de três milhões (3.323.354) de casos declarados curados.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 155.403 mortes e 5.298.772 casos, Índia com 116.616 mortes (7.706.946 casos), México com 87.415 mortes (867.559 casos) e Reino Unido Unidos com 44.158 mortes (789.229 casos).

O Peru é por seu lado o país com o maior número de mortos em relação à população, com 103 mortes por 100.000 habitantes, seguido da Bélgica (91), Espanha (74) e Bolívia (73).

A China continental (sem Macau e Hong Kong) registou oficialmente um total de 85.729 casos (14 novos entre quarta e quinta-feira), incluindo 4.634 mortes e 80.850 recuperações.

Por regiões do mundo, a América Latina e Caribe totalizaram 385.650 mortes para 10.688.408 casos, Europa 256.298 mortes (8.046.430 casos), Estados Unidos e Canadá 232.043 mortes (8.543.944 casos), Ásia 162.843 mortes (9.947.579 casos), Médio Oriente 54.819 mortes (2.367.282 casos), África 40.473 mortes (1.676.712 casos) e Oceânia 1.010 mortes (33.674 casos).

O balanço foi feito com base em dados obtidos pela AFP junto das autoridades nacionais e informações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Devido a correções feitas pelas autoridades e a notificações tardias, o aumento dos números diários pode não corresponder exatamente à diferença em relação aos dados avançados na véspera.

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