O doente infetado com covid-19 do Instituto Português de Oncologia (IPO) que morreu num hospital de Lisboa sofria de “doença avançada e múltiplas complicações prévias”, informou hoje a instituição.

Em comunicado, o IPO de Lisboa adianta que outro doente com COVID-19, que tinha sido diagnosticado com pneumonia, foi transferido para uma unidade de cuidados intensivos, “para maior vigilância, atendendo à avaliação clínica”.

Na quarta-feira, o IPO informou que oito profissionais e 12 doentes internados no Serviço de Hematologia no IPO de Lisboa tinham diagnosticados com covid-19.

Na sequência do rastreio em curso, o IPO detetou nas últimas 48 horas a presença de infeção em mais cinco profissionais (três enfermeiros e dois assistentes operacionais) e em cinco doentes internados.

No total, foram identificados até ao momento 13 casos de infeção em profissionais (médicos, enfermeiros e assistentes operacionais) e 17 em doentes, adianta.

Segundo o instituto, “os doentes internados e com infeção foram transferidos para outros hospitais do Serviço Nacional de Saúde, onde estão a ser acompanhados por equipas especializadas, em estreita articulação com o Serviço de Hematologia do IPO Lisboa”.

Os doentes com resultados negativos permanecem internados no IPO, “onde têm acesso aos cuidados de que necessitam, com todas as condições de segurança”, assegura.

O hospital adianta que tem estado a acompanhar todas as situações clínicas dos doentes transferidos e em ambulatório de forma a garantir a continuidade dos cuidados necessários.

Até hoje, e desde o início da pandemia, o IPO de Lisboa regista 88 casos de infeção (40 profissionais, 33 doentes e 15 prestadores externos).

O IPO afirma que implementa todos os procedimentos de segurança e reforça a importância de os doentes manterem as consultas e os tratamentos agendados.

Desde o início da pandemia por covid-19 que aplicou um conjunto de medidas preventivas que permitem assegurar e garantir a prestação dos cuidados assistenciais aos doentes oncológicos em condições de segurança e com reduzido impacto no normal funcionamento do instituto.

De entre os procedimentos aplicados, destaca-se a realização de testes de diagnóstico de covid-19 aos doentes que fazem tratamentos de quimioterapia e radioterapia, que vão realizar cirurgia ou exame médico invasivos e a todos os que necessitam de internamento ou apresentam sintomas suspeitos.

Simultaneamente, o instituto implementou um programa de rastreio a todos os profissionais, refere o instituto.

Em Portugal, morreram 1.527 pessoas das 38.464 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.