“O Conselho de Administração não aceitou a criação de dois circuitos independentes” no Curry Cabral para manter, como propunham os médicos, os serviços destinados aos doentes oncológicos e transplantados no Curry Cabral, adiantou a fonte.
Na semana passada, o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central esclareceu que a transferência do transplante hepático do hospital Curry Cabral para Santa Marta decorre da necessidade de garantir aos doentes “a máxima segurança” durante a pandemia covid-19.
O Santa Marta será "um hospital livre de covid-19, de forma a nele concentrar os doentes, que, como os transplantados, exigem cuidados especiais”, afirmava o CHULC num esclarecimento enviado à agência Lusa.
“A transferência do transplante hepático nesta fase decorre da necessidade de garantir aos doentes a máxima segurança”, sublinhava.
Na sengunda-feira, o Grupo de Transplantados do Hospital Curry Cabral tinha lançado uma petição pública apelando à manutenção dos serviços destinados aos doentes transplantados e oncológicos por recearem estar perante risco de vida.
"Os recursos humanos e tecnológicos do Centro de Transplante do Hospital Curry Cabral têm de ser preservados e mantidos de forma integrada, porque há muitas vidas a salvar, em paralelo com as das vítimas desta pandemia (covid-19)", refere o texto da petição, que tem como destinatários o Presidente da República, o primeiro-ministro, a ministra da Saúde, a diretora da Direção-Geral da Saúde e a administração do CHULC.
Portugal regista hoje 409 mortos associados à covid-19, mais 29 do que na quarta-feira, e 13.956 infetados (mais 815), segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
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