“Temos de apostar na formação, na literacia para as regras de higiene. Os idosos estão circunscritos àquele espaço [ao lar]. Se são infetados é porque alguém do exterior traz a infeção. Os funcionários têm uma responsabilidade acrescida, porque foram testados e cuidam de pessoas mais velhas, mais vulneráveis”, afirmou Graça Freitas na conferência de imprensa sobre a pandemia do novo coronavírus.

A responsável da Direção-Geral da Saúde (DGS) revelou existirem surtos em lares de Alcobaça, Leiria, de Cinfães, Viseu, e de “outros, com menor dimensão, em Lisboa e Vale do Tejo”, notando que “os testes [de rastreio] não são uma vacina”, mas uma “fotografia do momento”.

“As pessoas testadas têm uma obrigação ainda maior de se protegerem e de protegerem os outros, bem como de cumprirem todas as orientações da DGS”, frisou.

Graça Freitas notou que “não vale a pena testar se, a seguir, não se tomarem precauções para evitar a contaminação”.

“Todas as pessoas testadas têm uma responsabilidade acrescida”, vincou.

Relativamente ao foco num lar de Aljubarrota, em Alcobaça, distrito de Leiria, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, apontou a existência da doença covid-19 em 29 dos 35 utentes e em dez funcionários.

O governante explicou ter obtido os dados através do presidente da autarquia e que os mesmos se referiam ao início da manhã de hoje.

Quanto a um lar em Cinfães, distrito de Viseu, Graça Freitas referiu ter recebido a indicação, por parte da Administração Regional de Saúde do Norte, que estão infetados 11 idosos e 14 profissionais.

A diretora-geral reconheceu ainda a existência de outros casos de infeção em lares, mas “com maior dimensão” e localizados em Lisboa e Vale do Tejo.

Portugal regista hoje mais um morto relacionado com a covid-19 do que na terça-feira e mais 336 infetados, a maioria na Região de Lisboa e Vale do Tejo, segundo o boletim epidemiológico da DGS.

Os dados da DGS indicam um total de 1.523 mortes relacionadas com a covid-19 e de 37.672 casos confirmados.