António Costa transmitiu esta posição no final do Conselho de Ministros extraordinário, no Palácio Nacional da Ajuda, que durou cerca de oito horas e que se destinou a tomar novas medidas para conter a pandemia da covid-19.

Em conferência de imprensa, na sua intervenção inicial, o primeiro-ministro referiu que, se nada for feito para travar o crescimento da pandemia, que se verifica desde meados de agosto, o aumento de infeções "conduzirá a uma pressão insustentável do SNS e a um agravamento da saúde pública".

Mas, logo a seguir, António Costa abordou a questão da economia, falando sobre a evolução de Portugal no período de confinamento, entre março e o final do segundo trimestre, período em que se verificou uma drástica quebra do Produto Interno Bruto (PIB).

A partir de terceiro trimestre, com o progressivo desconfinamento, o primeiro-ministro salientou que se verificou um aumento do consumo interno e, com a melhoria da conjuntura internacional, uma subida das exportações nacionais.

"Os últimos dados do INE (Instituto Nacional de Estatística) indicam um aumento do PIB na ordem dos 13,2%. O grande desafio que enfrentamos é conseguir combater a pandemia sem pagar custos elevados dos pontos de vista social, económico e familiar", frisou o líder do executivo.