“Todos os dias estamos a fazer a vacinação primária e estamos a dar uma média de 3.000 doses diárias de primeiras doses e depois 3.000 doses diárias de segundas doses”, adiantou o representante do Núcleo de Coordenação do Plano de Vacinação contra a covid-19
Sobre as idades de quem está a recorrer pela primeira vez à vacinação, Penha-Gonçalves, coronel do Exército, afirmou que “o mais natural é que sejam pessoas mais novas”, porque é uma população onde ainda havia alguma percentagem por vacinar.
Segundo o responsável, os centros de vacinação reportaram que nos meses de novembro e dezembro muitas pessoas acima dos 18 anos e também adolescentes recorreram ao processo de vacinação.
Questionado sobre a vacinação das crianças, o coordenador afirmou que “correu acima” das expectativas.
“O que verificamos é que, apesar de ser uma vacina recente e ter sido de alguma maneira um assunto muito falado e as pessoas terem tido algum tempo para refletir sobre o assunto, acabamos por vacinar cerca de 50% das crianças em Portugal em seis dias”, salientou, recordando que o processo decorreu em dois períodos, nos dias 18 e 19 de dezembro, e no início de janeiro (6 a 9) para cobrir a faixa etária dos 5 aos 11 anos.
“Esperamos que nos próximos dias de vacinação dedicados às crianças tenhamos o resto deste universo a aderir à vacinação”, estimou o coronel Penha-Gonçalves.
Os últimos dados da Direção-Geral da Saúde apontam que o número de pessoas com o reforço da vacina contra a covid-19 em Portugal continental já ultrapassou os 3,5 milhões.
Os reforços estão a ser dados com as vacinas da Pfizer e a Moderna.
No caso da vacina Pfizer, a dose de reforço é igual à dose da vacinação primária, mas no caso da Moderna é metade do volume das outras doses, explicou.
De acordo com os últimos dados da DGS, 8,7 milhões de pessoas já têm a vacinação primária completa contra a covid-19.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.203 pessoas e foram contabilizados 1.774.477 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.
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