“O acesso ao Santuário será condicionado e entrarão peregrinos até se atingir o número máximo previsto do plano de contingência. Sei que para muitos que não poderão entrar será mais uma prova dolorosa. Peço-vos que encaremos esta situação com fé e responsabilidade cívica”, afirmou António Marto, numa mensagem em vídeo transmitida pelo Santuário de Fátima, no seu site e na rede social Facebook.
O também bispo de Leiria-Fátima recordou que, “por força das circunstâncias, o número de peregrinos que poderão entrar no recinto será limitado”, sem reserva prévia de lugares, mas com marcação de espaços.
“Também para nós é doloroso ter que tomar estas decisões, já que a nossa missão é acolher todos”, notou António Marto, frisando que o Santuário de Fátima continua “aberto todos os dias, com programa de celebrações, permitindo que todos possam passar, mesmo fora das grandes peregrinações”.
Na mensagem, o cardeal salientou que a resposta dos cristãos e da Igreja neste tempo de pandemia tem sido “exemplar”, quer “no respeito pelas regras definidas, quer na expressão de ajuda ao outro”.
O Santuário de Fátima estima a presença de seis mil pessoas no recinto durante a peregrinação de 12 e 13 de outubro, estando prevista a colocação de círculos no chão, que reforçará a distância entre as pessoas.
Numa nota de imprensa divulgada na quarta-feira, o Santuário de Fátima informa que, “de acordo com os planos efetuados”, estima-se a “presença de cerca de seis mil pessoas no recinto, numa área útil de 48 mil metros quadrados [m2], o que equivale a uma média de oito m2 por pessoa”.
No dia 13 de setembro o acesso ao Santuário de Fátima foi bloqueado quando o local atingiu a lotação máxima permitida no contexto da pandemia da covid-19.
As celebrações com a presença de peregrinos desde o início da pandemia foram retomadas no Santuário de Fátima em 30 de maio e a primeira peregrinação internacional com fiéis realizou-se em 12 e 13 de junho.
Portugal contabiliza pelo menos 1.971 mortos associados à covid-19 em 75.542 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
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