“Neste momento, a procura de medicamentos está muito mais estabilizada, está até abaixo do que seria normal nesta altura do ano, obviamente porque as pessoas já compraram os medicamentos”, realçou, em declarações à Lusa, António Portela.

Apesar da procura de fármacos estar “estabilizada”, António Portela avançou que a Bial continua a manter “um ritmo elevado” de produção.

Medicamento português da Bial para Parkinson aprovado nos EUA
Medicamento português da Bial para Parkinson aprovado nos EUA
Ver artigo

“Nós continuamos a trabalhar para garantir que temos ‘stock’ suficiente, porque não sabemos como vai evoluir a situação e, se poderá, eventualmente, existir uma segunda vaga ou não, portanto temos de estar preparados”, considerou.

António Portela adiantou ainda que as medidas de segurança implementadas na farmacêutica têm “funcionado bem”.

Numa entrevista à agência Lusa, a 31 de março, António Portela avançou que durante o primeiro trimestre, a Bial produziu “mais 50%” do que o habitual e, a pedido do Infarmed, reforçou os ‘stocks’ de antibióticos, por forma a criar “uma reserva nacional”.

“O Infarmed pediu-nos, em geral, para reforçarmos os ‘stocks’ e depois, especificamente, em alguns medicamentos. Nessa lista, pediram para reforçarmos os nossos antibióticos para criarem uma reserva nacional, caso existam falhas”, disse.

Com a “maioria” dos colaboradores em regime de teletrabalho e mais de 100 pessoas na empresa, nomeadamente da área da produção, qualidade e distribuição, a farmacêutica tem, apesar das “limitações”, assegurado que “os medicamentos chegam à população e às farmácias, seja em Portugal, França ou Itália”.

“As duas grandes preocupações que temos neste momento é mantermos as nossas pessoas seguras e protegidas e, a segunda, garantirmos que os nossos medicamentos chegam aos doentes que necessitam, estejam eles onde estiverem. Felizmente as coisas tem corrido bem apesar de todas as limitações”, assegurou.

Por forma a cumprir as indicações e medidas de prevenção das autoridades de saúde, a Bial contratou oito pessoas para “reforçar a produção e distribuição”, sendo que este reforço da equipa permite também “espaçar turnos” e evitar o surgimento de contaminação interna.