Na conferência de imprensa diária para atualizar a evolução do surto de Covid-19 no país, o centro de crise nacional e o serviço público federal de saúde indicaram que a grande maioria dos novos casos assinalados na quinta-feira (302) registaram-se na Flandres, a região flamenga, no norte, a mais populosa do país, tendo sido notificados 90 na Valónia (sul, francófona) e 43 na região de Bruxelas, um ‘enclave’ na Flandres. Em 27 casos, ainda não foi determinada a origem.

Entre as pessoas infetadas, 837 encontram-se hospitalizadas – 203 no curso das últimas 24 horas -, 164 das quais nos cuidados intensivos, com 114 sob assistência respiratória, tendo já 234 pacientes tido alta hospitalar desde 13 de março, 48 dos quais na quinta-feira.

Os serviços sanitários belgas precisaram que a média de idade dos pacientes que requerem cuidados intensivos não é muito avançada, rondando os 60 anos.

A Bélgica encontra-se desde quarta-feira em regime de isolamento geral da população, com as regras em vigor em termos de circulação semelhantes àquelas aplicadas atualmente em Portugal, e as instituições europeias trabalham atualmente praticamente em regime ‘virtual’, com recurso a teletrabalho e reuniões por teleconferência.

Hoje, pela primeira vez desde o início da crise sanitária provocada pelo surto do novo coronavírus, a conferência de imprensa diária da Comissão Europeia deixa de ser presencial – embora muitos porta-vozes já respondessem por vídeo, o ‘briefing’ mantinha-se aberto aos jornalistas -, passando a ser realizado por teleconferência, com os jornalistas a enviarem as suas questões por correio eletrónico.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo e já vitimou mortalmente mais de 10 mil pessoas.

Das pessoas infetadas, mais de 86.600 recuperaram da doença.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 179 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia, cujo epicentro é atualmente a Europa.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a tornar-se desde quinta-feira país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 3.405 mortos em 41.035 casos, tendo a Espanha superado as 1.000 mortes.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da COVID-19, infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo.

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