“Espero que este mal-estar possa ser sanado e resolvido rapidamente. Isso é absolutamente essencial, precisamos, de facto, de fazer isso. Precisamos de fechar este dossiê [surto no lar em Reguengos de Monsaraz] e precisamos de nos concentrar naquilo que é importante”, frisou o bastonário.
Miguel Guimarães, que falava aos jornalistas depois do Fórum Médico convocado pela Comissão Permanente do Conselho Nacional da Ordem dos Médicos, defendeu a necessidade de existir um “clima de tranquilidade” para que os médicos sintam que são “respeitados e valorizados pelas instituições que detêm o poder político”.
“Este é o objetivo da Ordem dos Médicos, juntamente com todas as estruturas que fazem parte do fórum, conseguir estabelecer aqui um clima que seja propicio a que os médicos possam estar mais motivados, a que os médicos possam sentir que são respeitados e sentir também que o seu trabalho é valorizado”, sublinhou, acrescentando que tal é extensível a todos os profissionais de saúde.
O bastonário defendeu ainda que este “clima de tranquilidade” é fundamental para enfrentar uma época de outono e de inverno que, seguramente, “vai ser diferente do habitual” devido à COVID-19, mas também à gripe sazonal e aos doentes que aguardam ainda por uma operação ou consulta.
Miguel Guimarães afirmou também que no decorrer da reunião, as diferentes estruturas que compõe o Fórum Médico se mostraram solidárias para com todos os médicos, em particular, os médicos de família que auxiliaram os doentes do lar de Reguengos de Monsaraz.
Questionado sobre a reunião agendada para terça-feira com o primeiro-ministro, António Costa, o bastonário afirmou tratar-se de “um sinal positivo”, considerando que os “médicos querem fazer parte da solução e não estar à margem da solução”.
À Lusa, fonte do gabinete de António Costa confirmou que o primeiro-ministro se vai reunir com a Ordem dos Médicos na terça-feira de manhã.
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