“Tivemos a semana passada um total de 11 óbitos por covid-19 na Guiné-Bissau. Nunca tinha acontecido desde que a pandemia teve início em março de 2020”, afirmou a alta comissária, salientando que entre 09 a 15 de agosto registaram-se 335 novos casos de infeção pelo novo coronavírus.

“Mesmo quando foi a primeira vaga, o nosso pico mais alto semanal foi de 317 casos”, disse Magda Robalo, explicando que os 335 novos casos registados não incluem os dados do laboratório nacional de saúde, que está com dificuldades técnicas.

A responsável do Alto Comissariado para a Covid-19 apelou às pessoas para cumprirem com as medidas de prevenção para que a “próxima semana não seja pior”, porque o vírus continua a circular de forma acelerada.

“Continuamos a transmitir a infeção uns aos outros e continuamos a ter pessoas de risco a serem internadas nos nossos hospitais já em estado muito grave, mas com poucas possibilidades de recuperar” afirmou Robalo, salientando que a terceira vaga na Guiné-Bissau “está a ser pior do que a segunda vaga e ainda pior do que a primeira vaga”.

Segundo a médica guineense, o país registou 5.123 casos acumulados de covid-19, mas “na realidade isto pode significar duas ou três vezes mais do que estes números”.

“Nós podemos estar a falar na população geral de um total de 10 a 15 mil casos positivos ou confirmados da covid-19”, salientou.

“Tivemos 335 novos casos esta semana. Atingimos a faixa dos 90 óbitos e com um recorde de 11 pessoas a morrerem durante esta semana. Temos cerca de 4.400 pessoas recuperadas. Temos também uma taxa de positividade de 15,2%”, notou.

Das 11 mortes, foram registadas nove no Setor Autónomo de Bissau, uma na região de Oio e outra em Bafatá.

Relativamente às vacinas contra a covid-19, Magda Robalo disse que estão a trabalhar para abrir mais postos de vacinação de forma a atingir um maior número de pessoas, tendo informado que a semana passada conseguirem inocular cerca de 1.700 pessoas.

Desde o início da pandemia, a Guiné-Bissau regista um total acumulado de 5.123 casos e 90 vítimas mortais.

A covid-19 provocou pelo menos 4.361.805 mortes em todo o mundo, entre mais de 207,19 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.