"A Alemanha está disposta, no espírito de solidariedade e de forma temporária, a fazer contribuições claramente mais elevadas no quadro do orçamento comunitário" para ajudar os parceiros mais atingidos pela pandemia, disse Merkel no Bundestag (Câmara Baixa do Parlamento alemão).

Merkel reiterou que emitir dívida europeia - como "coronabonds" - implicaria reformar os tratados comunitários que exigem a ratificação pelos parlamentos nacionais, uma opção que poderia demorar a tornar-se prática e numa altura em que a crise requer ajudas financeiras urgentes. Por isso, Angela Merkel defendeu "instrumentos rápidos".

A Alemanha tem aproximadamente 103.300 pessoas consideradas curadas da COVID-19, um aumento de 3.800 em relação ao dia anterior, e um total 148.046 casos de infeção, um valor que subiu 2.352 em 24 horas. Segundo os números avançados pelo Instituto Robert Koch, as vítimas mortais superaram a barreira das 5 mil. Houve um aumento de 215 para 5.094 óbitos.

A Baviera, maior estado federado da Alemanha e o mais afetado, tem agora quase 40 mil casos (39.395) e 1.476 vítimas mortais.

Esta quarta-feira, o Instituto Paul Ehrlich (PEI), entidade responsável pelas vacinas e medicamentos biomédicos da Alemanha, anunciou ter dado luz verde ao primeiro estudo clínico no país para uma vacina contra a COVID-19.

A primeira fase dos testes deverá realizar-se a um grupo de 200 pessoas saudáveis, entre os 18 e os 55 anos.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de COVID-19 já provocou mais de 181 mil mortos e infetou mais de 2,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 593.500 doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 785 pessoas das 21.982 registadas como infetadas, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.