“Trinta e cinco dias após a declaração do surto, foram confirmados 109 casos, com 30 mortos. Trinta e quatro foram tratados e 45 estão em tratamento”, disse a governante à imprensa, segundo o Ministério da Saúde do Uganda na rede social Twitter.
O Uganda declarou o surto de Ébola em 20 de setembro depois de confirmar um caso no distrito de Mubende (centro), onde um homem de 24 anos morreu da doença causada por esse vírus, especificamente a variante rara do Sudão.
Ao contrário da variante zairense, registada em epidemias da doença na vizinha República Democrática do Congo (RDCongo), ainda não há vacina aprovada para esse tipo de variante.
Além disso, a variante do Sudão não é apenas menos transmissível, mas também apresenta menor mortalidade do que a do Zaire.
Em meados de outubro, um paciente que havia fugido de Mubende para procurar tratamento num curandeiro tradicional morreu num hospital de Kampala, marcando a primeira morte pelo vírus na capital do Uganda.
Sendo considerado um caso importado, a cidade ainda é considerada livre da doença.
Países como RDCongo, Quénia, Tanzânia, Ruanda e Somália estão em alerta para evitar uma possível propagação do vírus.
Descoberto em 1976 na RDCongo – então denominado Zaire – o Ébola é uma doença grave, muitas vezes fatal, que afeta humanos e outros primatas e é transmitida por contacto direto com sangue e fluidos corporais de pessoas ou animais infetados.
O vírus provoca hemorragias intensas e os primeiros sintomas são febre alta e repentina, fraqueza severa e dores musculares, de cabeça e de garganta, além de vómitos.
O vírus devastou vários países da África Ocidental de 2014 a 2016, tendo provocado a morte de 11.300 pessoas entre mais de 28.500 casos.
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