“Os últimos dados da manhã de hoje indicam que a adesão à greve nas unidades hospitalares do Norte ronda os 95%”, declarou à Lusa Alexandra Costa, dirigente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica, referindo que nenhuma colheita de sangue foi feita hoje no Hospital de São João, mas onde costuma ser feitas entre “400 a 500 colheitas por dia”.

No período da manhã de hoje, que arrancou pelas 08:00, a adesão à greve no Hospital de Santo António (Porto) era de 97%, no Hospital Pedro Hispano (Matosinhos) era de 92% e no São João (Porto) era de 90%, acrescentou Alexandra Costa, explicando que só estão a ser garantidos os serviços mínimos no “apoio à urgência” e ao “internamento urgente”.

“Os serviços de apoio à consulta externa, como radiologia, análises clínicas, fisioterapia, cardiologia estão encerrados” naqueles três hospitais citados pelo sindicato, acrescentou Alexandra Costa.

Vigília em frente à residência oficial do primeiro-ministro

Os técnicos de diagnóstico e terapêutica realizam também hoje uma vigília em frente à residência oficial do primeiro-ministro, onde vão entregar um manifesto com milhares de assinaturas que apela à reabertura do processo negocial.

A concentração dos técnicos diagnóstico e terapêutica de junto à Assembleia da República está marcada para as 16:30, para depois continuar com uma marcha até ao Terreiro do Paço, residência oficial do primeiro-ministro, onde aqueles profissionais deverão ficar em vigília e entregar um manifesto ao primeiro-ministro.

No documento, os técnicos de diagnóstico e terapêutica explicam que o manifesto representa “uma tomada de posição” junto do primeiro-ministro e visa que “o assunto seja discutido no seio do Governo no sentido de não se dar por encerrado” o processo negocial “de forma unilateral”.

Expõem ainda as suas reivindicações, entre as quais um ajuste da tabela salarial, a transição para novas carreiras e o descongelamento de escalões.

Os sindicatos solicitaram, no dia 05 de junho, “uma negociação suplementar” face àquilo que é a lei e o enquadramento legal relativos à transição dos trabalhadores da atual carreira para a nova tabela e a contagem do tempo de anos de serviço na atual carreira, “mas até ao momento não houve nenhuma resposta por parte dos ministérios da Saúde e das Finanças”.