O diretor clínico do centro de hemodiálise, Manuel Amoedo, indicou que a unidade, destinada a servir os doentes da região, abriu após autorização da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo.

A abertura desta valência, inexistente no concelho e que vai funcionar de segunda-feira a sábado, era aguardada pelos investidores desde 2011, ano em que o edifício ficou construído e com equipamento para começar a funcionar.

Manuel Amoedo justificou o atraso com o facto de a ARS do Alentejo alegar que o Ministério da Saúde e a Administração Central do Sistema de Saúde não autorizavam a abertura, considerando que "iria aumentar os custos, o que não se confirma, visto que, pelo contrário, o custo de transporte diminui e o tratamento é igual".

Depois de ter estado prevista a abertura da clínica para julho deste ano, segundo o responsável da unidade, "surgiram alguns contratempos" que não permitiram que abrisse naquela altura.

Manuel Amoedo referiu que a unidade se destina "a tratar os doentes com insuficiência renal crónica terminal que optem por hemodiálise como terapêutica substitutiva da função renal".

A unidade, segundo o responsável, está equipada com "a mais moderna tecnologia na área da hemodiálise".

De acordo com o clínico, o investimento de cerca de três milhões de euros inclui a construção do edifício, próximo da zona industrial de Estremoz, e o equipamento da clínica.

O centro vai servir, sobretudo, Estremoz e concelhos limítrofes, nomeadamente as zonas a sul de Portalegre e a norte de Évora, entre as quais a zona de Elvas, indicou Manuel Amoedo.

Os doentes desta região que necessitam de fazer a terapêutica e que passam a utilizar a clínica de Estremoz tinham, anteriormente, de se deslocar aos centros de diálise de Évora e de Portalegre.

De acordo com Manuel Amoedo, a clínica diminui a distância que os doentes desta zona têm de percorrer para fazer o tratamento e descongestiona o centro de diálise de Évora, que "está no limite da sua capacidade".

Segundo o responsável, a unidade de Estremoz vai criar entre 10 e 15 postos de trabalho e mais 20 a 25 em regime de tempo parcial, entre médicos e enfermeiros.