Os cientistas compararam os pulmões de fumadores e não fumadores, com e sem doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), e descobriram traços do ADN que reduzem o risco da doença em alguns grupos populacionais. Não foi no entanto explicado por que motivo algumas pessoas desenvolvem essas capacidades e outras não.

A resposta estará, contudo, nos genes, isto porque os cientistas concluem que os fumadores com "bons genes" têm um risco menor de desenvolver DPOC do que os que têm determinadas predisposições genéticas, escreve a BBC.

Segundo Martin Tobin, professor da Universidade de Leicester e um dos autores do estudo, os genes parecem afetar a maneira como os pulmões crescem e respondem aos danos causados pelo consumo de tabaco. "Não há nenhuma solução mágica que garanta a proteção contra o fumo. Essas pessoas terão sempre pulmões menos saudáveis do que teriam se não fumassem", comenta Tobin.

"A melhor coisa que alguém pode fazer para evitar a DPOC e outras doenças relacionadas com o tabaco, como o cancro, é parar de fumar."

"Aliás, não fumar é sempre o melhor remédio", acrescenta.

Os cientistas também descobriram diferenças no código genético que podem alterar as funções cerebrais e o grau de facilidade como que cada um se vicia em nicotina.

O estudo foi apresentando num encontro da European Respiratory Society e publicado na revista científica Lancet Respiratory Medicine.

Fumar também aumenta o risco de doenças do coração, embora nada disso tenha sido estudado nesta investigação.

Esta terça-feira (29.09), comemora-se o Dia Mundial do Coração.