4 de abril de 2014 - 09h50

Cientistas norte-americanos cultivaram um músculo em laboratório que não apenas funciona como um músculo, como também se regenera, e esperam agora que o órgão possa ser usado para reparar danos em humanos. Os resultados do trabalho foram publicados no jornal Proceedings of the National Academy of Sciences.

Os cientistas da Universidade de Duke, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, dizem que o sucesso se deve à criação do ambiente perfeito para o crescimento de um músculo - fibras musculares contráteis bem desenvolvidas e um conjunto de células estaminais, que podem evoluir para um tecido muscular.
Durante os testes, o músculo cultivado em laboratório contraía, mostrou ser resistente e capaz de se reparar através de células estaminais depois de os investigadores utilizarem uma toxina para danificá-lo.
"O músculo que fizemos representa um importante avanço para o campo de pesquisa", diz Nenad Bursac, que conduziu a investigação. "É a primeira vez que um músculo desenvolvido em laboratório contrai tão fortemente quanto um músculo esquelético neonatal", garante.
"O transplante destes músculos para uma criatura viva, continuando a funcionar como se fossem músculos nativos, subiu de nível com o trabalho atual", considera o especialista britânico em engenharia de tecidos musculares, Mark Lewis, da Universidade de Loughborough, no Reino Unido, citado pela BBC.
Há uma grande esperança na comunidade científica de que as células estaminais, que se podem transformar em qualquer tipo de tecido, sejam o futuro da medicina regenerativa.
SAPO Saúde