Em comunicado, o BE indica saber que "o processo da contratualização de cinco cardiologistas, em regime de prestação de serviço, para início de funções imediatas", bem como de mais um especialista "está em finalização".

Segundo dados da nota dos bloquistas o CHMA, que dispõe de uma unidade em Vila Nova de Famalicão e outra em Santo Tirso, dispõe atualmente de "apenas dois médicos cardiologistas e ainda de um médico de cardiologia pediátrica, em regime de prestação de serviços de quatro horas semanais".

O BE vinca que assim se pretende "ultrapassar os constrangimentos na falta de resposta desta especialidade".

"É um sinal positivo do Governo relativamente ao desinvestimento grande e cortes dos anteriores governos ao CHMA e o reconhecimento das propostas que o Bloco apresenta no sentido de impedir o atrofiamento deste centro hospitalar", refere o deputado Pedro Soares eleito pelo distrito de Braga.

A informação do Ministério da Saúde foi indicada na quarta-feira, dia em que a Comissão Parlamentar de Saúde discutiu um projeto de resolução do BE que recomendava "melhorias" e "mais investimento no CHMA", hospital que os bloquistas acreditam que "tem sofrido pela falta de recursos técnicos e humanos", bem como pelo "adiamento constante de obras de remodelação".

O BE relata que em meados do ano de 2015, dois cardiologistas saíram deste centro hospitalar não tendo sido substituídos e que desde então as consultas de cardiologia foram repetidamente adiadas.

"Com este reforço na equipa médica para o serviço de cardiologia do CHMA, fica bem claro que houve desinvestimento e uma redução no número de consultas de ano para ano e, comparando os meses, essa redução é ainda mais significativa", lê-se na nota dos bloquistas.

Dados do BE apontam que em janeiro de 2014 foram feitas 412 consultas em Famalicão, um número que decresceu para 392 no mesmo mês de 2015 e para 78 este ano.

Já em Santo Tirso, unidade onde além deste concelho são atendidos utentes da Trofa, realizaram-se 240 consultas em janeiro de 2014, 284 em 2015 e 142 em 2016.

O CHMA dá resposta a mais de 200 mil pessoas, em referenciação direta e indireta.